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Destaque Terça-feira, 02 de Julho de 2024, 13:30 - A | A

02 de Julho de 2024, 13h:30 A- A+

Destaque / GREVE DOS GARIS

Servidores realizam coleta emergencial de lixo após acordo entre Prefeitura e Locar nesta terça-feira (02)

Foram disponibilizados 36 funcionários da Limpurb em 18 caminhões da Locar. Os trabalhadores buscam reajuste salarial de R$ 1.423 para R$ 1,7 mil. Atualmente, o salário mínimo é de R$ 1.412

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

Diante da paralisação dos servidores da empresa Locar Saneamento Ambiental Ltda. e do aumento significativo do volume de lixo na cidade pela falta de coleta, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) em comum acordo com a Locar, disponibilizou nesta terça-feira (02) funcionários da Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb) e da Prefeitura de Cuiabá para auxiliar na coleta de resíduos. 

Foram disponibilizados 36 funcionários da Limpurb em 18 caminhões da Locar. Atualmente são recolhidos cerca de 600 toneladas de lixos domésticos por dia na capital.
 
“A Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (LIMPURB), em uma tentativa de amenizar os prejuízos causados pela greve dos profissionais de limpeza urbana, considerada ilegal através da decisão liminar do juiz Tarcísio Regis Valente, do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região, no dia 30 de junho de 2024, disponibilizou seu quadro de servidores para realizar as operações de coleta de resíduos domésticos”, diz trecho da nota oficial enviada à imprensa.

Emanoele Daiane

COLETA LIXO

 

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Mesmo com decisão judicial liminar do juiz Tarcísio Regis Valente, do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região que considerou a greve ilegal, os trabalhadores da limpeza urbana de Cuiabá, não obedeceram a ordem judicial, cruzaram os braços e realizaram paralisação nesta segunda-feira (01), reivindicando melhores condições de trabalho e reajuste salarial.

Os garis são terceirizados e contratados da Locar Saneamento Ambiental Ltda, uma empresa contratada pela Limpurb. A empresa impetrou um Dissídio Coletivo de Greve contra o Sindicato dos Trabalhadores de Limpeza Urbana e Áreas Verdes do Estado de Mato Grosso (Sindilimp-MT) e a Justiça declarou a greve ilegal, determinando a interrupção imediata da paralisação sob pena de multa diária, o que não foi atendido pelos garis

Os trabalhadores buscam reajuste salarial de R$ 1.423 para R$ 1,7 mil. Atualmente, o salário mínimo é de R$ 1.412. Eles também denunciam atrasos nos pagamentos do vale alimentação e vale transporte, além da falta de recolhimento do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS).

Reunião com servidores

O Sindicato dos Trabalhadores de Limpeza Urbana e Áreas Verdes do Estado de Mato Grosso (Sindilimp-MT) informou que estavam em reunião com a empresa, nos últimos meses, para conseguir atender as reivindicações dos trabalhadores.

Eles não aceitaram os reajustes oferecidos pela Locar, após reunião realizada na sede Ministério Público do Trabalho (MPT), por entender que são as mesmas propostas apresentados e rejeitados pela categoria há 60 dias. Por isso, os profissionais optaram por paralisar as atividades até que as suas reivindicações sejam atendidas.

Manifestação dos garis

Durante a manifestação, um grupo de trabalhadores e de representantes do Sindilimp estiveram em negociação com a empresa. O vereador Dilemário Alencar (União Brasil) também foi chamado pelos profissionais a participar do protesto. Em vídeo gravado para as redes sociais, o parlamentar ouve um gari que denuncia que ele e seus colegas estão com um carga horária de mais de 10 horas de recolhimento de lixo por dia.

"Estamos na guerra. A categoria está 100% unidade. Tem sete meses que não temos aumento de salário. O sindicato está brigando, brigando, brigando; e os caras querem dar miséria para a gente. Todos somos pais de família. Eles pagam vale alimentação atrasado, paga vale transporte atrasado. Tem gente com um ano e oito meses, igual eu, que está com o FGTS sem depositar. É difícil", relatou.

Após a manifestação, os garis se dirigiram até a sede da Delegacia Regional do Trabalho para registrar uma denúncia sobre as condições de trabalho.

A Locar assumiu a concessão do serviço de limpeza urbana junto com as prefeituras de Cuiabá e Várze Grande. Pela capital, a empresa tem um contrato com a Empresa Cuiabana de Limpeza Urbana, a Limpurb. Em nota, a empresa da prefeitura apontou que não tem poder para interfirir num ente privado.

"Por ser uma empresa privada, a Limpurb não pode interferir nas ações da administração e gestão, mesmo que isso interfira diretamente na prestação de serviços de zeladoria e limpeza urbana em Cuiabá. Por fim, ressalta a importância da transparência e do compromisso em manter a integridade em todas as ações", pontuou.

 



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