FLÁVIO PINTO
DA CNN
Os brasileiros estão no clima de Copa do Mundo com o Oscar 2025, empolgados com as indicações de “Ainda Estou Aqui”, que concorre em três categorias, incluindo Melhor Filme.
Mas, além da produção estrelada por Fernanda Torres, outro brasileiro também tem um filme indicado nesta edição do prêmio. Trata-se de “A Lien“, dirigido por Sam e David Cutler-Kreutz, um curta que acompanha um jovem casal, cheio de esperanças e traumas, prestes a enfrentar um processo longo e complicado.
Entre os membros da equipe de produção está o ítalo-brasileiro Andrea Gavazzi, diretor de fotografia. Nascido em São Paulo e morador de Los Angeles, nos Estados Unidos, ele está prestes a participar da maior premiação do cinema — algo que jamais imaginou que aconteceria.
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“Eu realmente não esperava, porque foi um curta que fizemos entre amigos, sem dinheiro. Todos trabalharam de graça, foi um daqueles projetos feitos com muito amor e paixão”, ele conta em entrevista à CNN. “Sabíamos que estávamos na pré-lista, com 15 curtas selecionados, mas, no dia das indicações, eu estava meio dormindo, meio acordado, com um pouco de esperança. A gente acredita, mas ao mesmo tempo não acredita, né? Só acredita de verdade quando a coisa realmente acontece”.
Ele continua: “É engraçado, porque a gente trabalha sem saber qual será o resultado, e esse, para mim, é o mais inacreditável e incrível que poderíamos ter”.
A produção, segundo Gavazzi, foi realizada com a ajuda de 30 amigos dos diretores, em um estacionamento em Nova Jersey, utilizando equipamentos emprestados. “Por isso, acho ainda mais bonito termos chegado até aqui”, afirma.
Para Andrea, a indicação também significa um resultado de anos de trabalho silencioso que vem fazendo. “Como diretor de fotografia, vejo minha função como algo entre o artista e o artesão, sabe? Acho que essa indicação reflete um conjunto de coisas que se encaixaram no mesmo momento”.