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Esportes Quarta-feira, 28 de Agosto de 2024, 09:05 - A | A

28 de Agosto de 2024, 09h:05 A- A+

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Time de 37 atletas da natação paralímpica pretende manter país no Top 5 do Mundo

Equipe mescla figuras como a multimedalhista Carol Santiago, que vai disputar sete provas, o porta-bandeiras Gabriel Araújo e o mais jovem atleta da delegação, Victor dos Santos

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O pescoço chega “vergava para baixo” na foto. A pernambucana Maria Carolina Santiago saiu do Centro Aquático de Tóquio, nos Jogos Paralímpicos de 2021, com medalhas em cinco das seis provas que disputou. Três ouros (100m peito, 50m e 100m livre), uma prata no revezamento e um bronze nos 100m costas. A melhor performance individual de um atleta brasileiro na história do megaevento. No fim da maratona, exausta, Carol chegou a dizer que jamais faria um programa tão extenso novamente. Mas Carol é do tipo “tinhosa”. Não só mudou de ideia, como ampliou o sarrafo. Chega a Paris com uma meta ainda mais extenso. Vai disputar sete provas: 100m borboleta, 50m livre, 100m livre, 100m peito, 100m costas, 200m medley e o revezamento 4 x 100m.

Só sabe o que realmente são os Jogos Paralímpicos quem participa. É um momento grandioso. Vocês vão se cansar de me ver nadando, mas é isso que amo. Amo nadar, amo natação, gosto desse barulho da água”, Carol Santiago, que conquistou cinco medalhas em Tóquio e vai nadar sete provas em Paris. 

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“Eu confesso. Saí de Tóquio toda chorona, dizendo que talvez não fizesse mais um programa tão longo. Mas a gente teve oportunidade de treinar. Fizemos os mundiais, as etapas da World Series. Vi que era possível um programa maior”, brincou Carol, de 39 anos, que disputa a classe S13, para atletas com deficiência visual. Ela nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão.

Assim, com Carol em praticamente todos os dias na piscina do centro aquático e um time de 37 atletas que mescla a experiência dela com uma geração de jovens, o Brasil chega pronto para se manter entre as cinco maiores potências da modalidade. São 21 homens e 16 mulheres. A Cerimônia de Abertura dos Jogos Paralímpicos será a partir das 15h30 (de Brasilia) desta quarta, 28 de agosto. As disputas que reúnem 280 brasileiros em 20 modalidades seguem até 8 de setembro.

“Só sabe o que realmente são os Jogos Paralímpicos quem participa. É um momento grandioso. A gente tem a oportunidade de representar o Brasil e estar com tantas outras nações. Vocês vão se cansar de me ver ali nadando. Mas gente, é isso que amo. Amo nadar, amo natação, gosto desse barulho da água”, disse Carol .

O time dos experientes também conta com Phelipe Rodrigues, da Classe S10 ( conheça melhor as classes no infográfico ), que representa as cores brasileiras desde a edição de Pequim, em 2008, dos Jogos Paralímpicos. “A gente sempre espera o melhor para uma competição desse nível. Treinei bastante e estou muito focado. Foi um ciclo menor do que a gente está acostumado, mas a preparação foi até hoje a melhor que já tive, então espero que consiga nadar para os meus melhores tempos”, afirmou o atleta de 34 anos.

Carol Santiago em Tóquio: três ouros, uma prata e um bronze, a melhor campanha de um atleta brasileiro na história dos Jogos. Foto: Alê Cabral.
Carol Santiago em Tóquio: três ouros, uma prata e um bronze, a melhor campanha de um atleta brasileiro na história dos Jogos. Foto: Alê Cabral.

No grupo dos jovens estão Gabriel Araújo, de 22 anos, que chega como o nome a ser batido na classe S2 e com a responsabilidade de levar a bandeira brasielira  e Victor dos Santos, da S9, o mais jovem atleta de toda a delegação brasileira em Paris, com 16 anos completos em maio.

Ouro nos 50m livre, prata no revezamento 4x100m livre misto e bronze nos 100m borboleta nos Jogos de Tóquio 2020, o brasiliense Wendell Belarmino vem com a intenção de aproveitar cada momento dos Jogos e nadar de forma competitiva. “Minha  expectativa é fazer o que vim para fazer, que é competir, obviamente, me divertir, fazer o que gosto, sem ter pressão. Nadar o melhor possível, não estou me pressionando para ganhar medalha nem nada, mas claro que se a medalha vier, vai ser maravilhoso”, disse Wendell, que atua na classe para atletas com deficiência visual.

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