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Geral Sábado, 03 de Agosto de 2024, 08:00 - A | A

03 de Agosto de 2024, 08h:00 A- A+

Geral / AGOSTO LILÁS

Governo Federal lançará campanha de Articulação Nacional pelo Feminicídio Zero

A campanha será oficialmente lançada na quarta-feira (7) com a intenção de intensificar as ações de prevenção e combate ao feminicídio, promovendo uma maior conscientização e engajamento da sociedade em geral

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, anunciou que o governo federal lançará a Articulação Nacional pelo Feminicídio Zero em agosto, durante o mês de conscientização conhecido como Agosto Lilás. Esta iniciativa tem como objetivo mobilizar diversos setores da sociedade para combater a violência contra as mulheres por meio de várias frentes de atuação. A campanha será oficialmente lançada na quarta-feira (7) com a intenção de intensificar as ações de prevenção e combate ao feminicídio, promovendo uma maior conscientização e engajamento da sociedade em geral.

As atividades previstas incluem:

Assinatura de um manifesto: Este documento será um compromisso público de entidades e indivíduos pela erradicação do feminicídio.

Realização de eventos e palestras: Serão promovidos eventos e palestras para discutir e sensibilizar a população sobre a violência contra as mulheres.

Divulgação de materiais gráficos e audiovisuais: Serão distribuídos e exibidos materiais de campanha para reforçar a mensagem contra a violência de gênero.

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Durante um café da manhã com jornalistas mulheres, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou a importância de mudar a percepção da sociedade sobre a violência contra as mulheres. "Se a gente conseguir chegar em 31 de dezembro de 2026 com a maioria da sociedade dizendo que a violência contra as mulheres é crime, com as pessoas voltando a se indignar com isso, eu acho que a gente cumpriu um papel estratégico e fundamental [no Ministério das Mulheres]."

A declaração da ministra reforça o compromisso do governo em promover uma mudança cultural significativa, onde a violência de gênero é amplamente reconhecida como um crime inaceitável, e onde a indignação pública sobre esses atos se torne mais comum e ativa.

Feminicídio no Brasil

De acordo com o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o Brasil apresenta alarmantes índices de violência contra as mulheres, sendo o quinto país do mundo com a maior taxa de feminicídios. O documento revela dados chocantes:

Feminicídio: A cada seis horas, uma mulher é vítima de feminicídio no Brasil.

Violência doméstica: Três a cada dez brasileiras já foram vítimas de violência doméstica.

Violência sexual: A cada seis minutos, uma menina ou mulher sofre violência sexual no país.

Importunação sexual: A cada 24 horas, 75 casos de importunação sexual são denunciados.

Esses números sublinham a urgência de iniciativas como a Articulação Nacional pelo Feminicídio Zero, destacada pela ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, que visam a mobilização social e a conscientização para combater essa violência de forma efetiva.

A Articulação Nacional pelo Feminicídio Zero reforçará os canais gratuitos de atendimento telefônico voltados a ajudar a mulher, como o Ligue 180, a Central de Atendimento à Mulher; o Disque Direitos Humanos (Disque 100) ou em centrais de emergência, como o 190, da Polícia Militar, a ser acionado em casos de socorro rápido.

O movimento Articulação Nacional pelo Feminicídio Zero planeja engajar uma ampla gama de entidades e setores da sociedade para combater a violência contra as mulheres.

Entre os parceiros estratégicos estão: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae); Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp); Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Empresas públicas: Participação de empresas públicas que atuarão na disseminação e apoio às iniciativas da campanha.

Figuras públicas: Envolvimento de celebridades e pessoas influentes para amplificar a mensagem e conscientizar a população.

Movimentos sociais: Colaboração com movimentos sociais que já atuam na defesa dos direitos das mulheres.

Instituições esportivas: Parcerias com clubes e organizações esportivas para promover a campanha através do esporte.

Instituições culturais: Envolvimento de instituições culturais para realizar eventos e atividades que promovam a conscientização.

Instituições religiosas: Cooperação com entidades religiosas para alcançar diferentes comunidades e promover a mensagem de não-violência.

A combinação desses esforços visa criar um movimento robusto e abrangente para erradicar o feminicídio e a violência contra as mulheres no Brasil.

 

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