PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
A Prefeitura de Várzea Grande, sob a liderança da prefeita Flávia Moretti (PL) e da secretária de Saúde Deisi Bocalon, anunciou um conjunto de medidas integradas com diversas secretarias municipais para combater as arboviroses (dengue, chikungunya e zika) no município. Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (20), foi detalhado o plano de ação que inclui a eliminação de criadouros do mosquito transmissor e a intensificação de esforços preventivos, como parte do estado de emergência em Saúde Pública. O objetivo é reduzir significativamente os casos dessas doenças na região.
A prefeita Flávia Moretti destacou que o decreto de emergência em Saúde Pública foi motivado pelo aumento de mais de 400% nos atendimentos de casos de arboviroses (dengue, chikungunya e zika) na rede pública, registrados apenas nas duas primeiras semanas de janeiro.
Entre as medidas em curso para intensificar o combate ao mosquito Aedes aegypti, a prefeitura anunciou a retomada dos exames de sangue, que estavam suspensos desde o ano passado. Com esses exames, é possível reduzir o tempo de espera para o diagnóstico, garantir maior precisão na identificação das doenças e acelerar o início do tratamento, sendo essa uma ação crucial para dimensionar a situação.
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Outras iniciativas incluem a reestruturação das equipes de saúde da família e uma força-tarefa para limpeza da cidade, abrangendo áreas públicas e privadas. Proprietários de terrenos baldios estão sendo notificados para garantir a eliminação de possíveis criadouros do mosquito. Essas ações buscam conter o avanço das arboviroses e proteger a população do município.
A secretária de Saúde, Deisi Bocalon, revelou que o decreto de emergência em Saúde Pública foi inevitável devido à falta de ações preventivas e à desmobilização de equipes no enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti. Desde outubro do ano passado, o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRA) já apontava para uma situação crítica em Várzea Grande, evidenciando um aumento preocupante na presença do vetor das arboviroses.
Apesar do alerta do LIRA, nenhuma medida efetiva foi implementada à época. Pelo contrário, houve a dissolução de equipes e o desligamento de profissionais devido ao rompimento de contratos, o que agravou o cenário. Diante dessa realidade, segundo Bocalon, o decreto emergencial tornou-se a única alternativa viável para enfrentar a crise de saúde pública que ameaça a população.
“É importante ressaltar que 16 unidades básicas de Saúde de Várzea Grande, já retomaram a coleta de sangue no Município e até o final do mês todas as 27 unidades estarão realizando a coleta. A gestão municipal não descartar buscar aporte financeiro do governo estadual e do Ministério da Saúde para aquisição de insumos e equipamentos que se fizeram necessários e ainda estudamos a ampliação de horário de atendimento, num primeiro momento na hora do almoço, como forma de reforçar o combate à doença”, explicou a prefeita.
“A nossa orientação é que as pessoas que sentirem sintomas como dor de cabeça febre alta e dores no corpo procurem a unidade de saúde mais próxima da sua residência. A população pode e deve nos ajudar denunciando bolsões de sujeira pela ouvidoria da prefeitura pelo 0800 6474142 ou pelo e-mail [email protected]”, alerta Deisi.
Após o decreto, a prefeitura já viabilizou a aquisição e distribuição de medicamentos e soros para Atenção Primária à saúde – que é a porta de entrada na rede SUS - acompanhamento das notificações e cobrança dos profissionais para que as mesmas sejam realizadas no sistema oficial Dengue on line, autorização de um plantonista médico a mais nas Upas, juntamente com reforço dos profissionais da enfermagem e a limpeza de todas as unidades de saúde são algumas das medidas em prática no município de Várzea Grande para conter o aumento das notificações nos casos de arboviroses.
A secretária disse que entre as medidas está o aporte financeiro junto ao Estado e ao Ministério da Saúde para fortalecimento das ações de controle de vetores e melhoria no atendimento à população.
“Já tivemos reunião técnica com o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, que veio in loco certificar as nossas necessidades e tão prontamente, nos tem ajudado. A prefeita também recebeu no último sábado, o governador Mauro Mendes em uma visita ao Hospital Metropolitano, onde o mesmo fez uma doação de R$ 5 milhões em equipamento para reestruturação pontual do Pronto Socorro”.
Decreto de Situação de Emergência
A prefeita Flávia Moretti, assinou no dia 16 de janeiro, o decreto 005/2025, declarando situação de emergência em Saúde Pública. A medida se deu em função do aumento significativo, de aproximadamente, 400% nos atendimentos na rede pública de atendimentos de arboviroses (dengue, chicungunya e zika).