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Geral Quinta-feira, 13 de Fevereiro de 2025, 17:30 - A | A

13 de Fevereiro de 2025, 17h:30 A- A+

Geral / PRESSÃO DO POVO

Problema da falta de água aumenta e população protesta em avenidas e prefeitura de Várzea Grande

"Nós estamos cansados de ouvir sempre a mesma coisa. Nós não temos culpa de problemas com máquinas das ETAs. Só queremos água na torneira. Palavras sem soluções para nós não tem valor", disse a dona de casa, moradora do São Benedito

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

A falta de água em vários bairros de Várzea Grande tem gerado uma série de protestos por parte dos moradores nesta semana. Na tarde desta quinta-feira (13), residentes se reuniram em frente à prefeitura, vestidos de preto para expressar sua insatisfação com a situação.

Durante o protesto em frente a prefeitura, os moradores conversaram com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Samir Bosso Katumata, que ouviu o apelo da população.

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Na quarta-feira (12), os moradores do bairro São Matheus queimaram pneus na Avenida Senador Filinto Müller em protesto. Segundo uma moradora, há quase uma semana estão sem receber uma gota de água em suas casas.

"Nossas casas estão a quase uma semana sem receber uma gota de água. Quando vêm, não é o suficiente para encher uma caixa d'água. Temos crianças que chegam da escola e não tem como tomar banho e muitas vezes vão dormir sujos. Sou dona de casa e não consigo limpar a casa, lavar a roupa e fazer comida, porque quando vem não é o suficiente", desabafou a moradora do bairro São Matheus.

Reprodução

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Situações semelhantes foram registradas em outros bairros, como Jardim das Oliveiras, São Benedito, Paiaguás e São Simão, onde os moradores afirmam enfrentar problemas no abastecimento há quase um mês. Alguns relataram a necessidade de comprar água mineral para cozinhar e tomar banho, enquanto outros recorrem à coleta de água da chuva para suprir necessidades básicas.

Apesar de todas as informações divulgadas pela prefeitura e pelo DAE-VG, os moradores continuam cobrando soluções imediatas para o problema, que afeta diretamente o dia a dia da população. A situação permanece em desenvolvimento, com a comunidade aguardando ações concretas para a normalização do abastecimento de água.

"Nós estamos cansados de ouvir sempre a mesma coisa. Nós não temos culpa de problemas com máquinas das ETAs. Só queremos água na torneira. Palavras sem soluções para nós não tem valor", disse a dona de casa, moradora do São Benedito durante protesto ocorrido na avenida principal do bairro, na última terça-feira (11).

Decreto de Calamidade Pública

Em resposta à crise hídrica, a Prefeitura de Várzea Grande decretou estado de calamidade pública por 180 dias, permitindo a adoção de medidas emergenciais para restaurar o abastecimento. Durante esse período, estão proibidos o uso de água fornecida pelo município para abastecimento de piscinas e lavagem de fachadas, calçadas, pisos, muros e veículos com uso de mangueiras.

A administração municipal atribui a crise a fatores como furtos de equipamentos essenciais, atos de vandalismo em estruturas do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG) e falhas operacionais nas estações de tratamento. Um Comitê de Crise foi criado para coordenar ações visando a normalização do abastecimento.

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