PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
No último sábado (18) e domingo (19), representantes de 76 municípios do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) se reuniram no evento de Conselho de Representantes. Durante o encontro, discutiram e aprovaram as pautas prioritárias para a categoria nas redes estadual e municipal de ensino, além de uma recomposição salarial programada até 2026.
Nesta segunda-feira (20), as demandas definidas pelos educadores da rede estadual serão submetidas a deliberação na Assembleia Geral, que está ocorrendo em frente à Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT), localizada no Centro Político e Administrativo (CPA) de Mato Grosso.
Importante ressaltar que nos anos anteriores essas assembleias sindicais acontecia no ginásio da Escola Estadual Presidente Médici, porém, devido a gestão da unidade, atualmente sob a coordenação de militares bombeiros, não liberarem o espaço, este ano acontece a céu aberto, em frente à Seduc-MT.
Para a direção do Sintep-MT, "a recusa da cedência do espaço da escola estadual só reforça ações orquestradas por dirigentes escolares aliados à política de ataque e desmonte da educação pública, implementada na gestão Mauro Mendes".
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O assédio e a pressão vivenciados pelos profissionais nas escolas foram temas recorrentes nos depoimentos durante o evento de Conselho de Representantes deste final de semana. Os trabalhadores relataram um aumento significativo nos casos de estafa emocional e adoecimento, atribuídos ao modelo de educação implantado na rede estadual desde 2019 e intensificado nos últimos anos.
O Sintep-MT apresentará todas essas preocupações, juntamente com os encaminhamentos resultantes do encontro, para debate coletivo e deliberações na Assembleia Geral. As discussões incluirão o descaso e omissão do governo Mauro Mendes e da Secretaria de Educação, além das pautas de reivindicações para 2024 e a recusa do governo em negociar a pauta salarial da categoria.
Outro ponto que será tratado será ações coletivas para o enfrentamento às demandas presentes nas escolas, como cerceamento à atuação dos professores em sala de aula, boicote à atuação dos funcionários e aumento da desvalorização profissional.
Diante do que está sendo vivenciado na escola e de uma propaganda enganosa sobre valorização, anunciadas como 14 º e 15º salários, o Sintep-MT insistirá para que o governo apresente garantia do reajuste salarial pela política de “ganho real” para recuperar as perdas no poder de compra dos salários acumuladas desde de 2019, a partir da aplicação ainda no mês de maio do percentual de 9,16%, sobre os valores atuais nas tabelas salariais, além de negociar os anos de 2023, 2025 e 2026.
Ainda nas pautas prioritárias estão o fim do confisco das aposentadorias e pensões, devendo a taxação previdenciária incidir apenas sobre valores salariais que superam teto do INSS, além da garantia do Concurso Público - em 2024- para todos os cargos e funções da carreira, como previstos na Lei Complementar 050/98 (Lei Orgânica dos Profissionais da Educação).