JENNIFER HANSLER
DA CNN
O Departamento de Estado dos Estados Unidos negou ter oferecido anistia ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. “Isso não é verdade. Não fizemos nenhuma oferta de anistia a Maduro ou a outros desde esta eleição”, disse o vice-porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, nesta segunda-feira (12).
O vice-porta-voz do Departamento de Estado reiterou ainda que “os Estados Unidos estão considerando várias opções para pressionar Maduro para que a Venezuela regresse ao caminho democrático”, mas sublinhou que esta é uma responsabilidade do presidente venezuelano e das autoridades eleitorais, que devem “ter clareza sobre os resultados eleitorais”.
Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA disse à CNN no domingo (11) que estão em contato com aliados regionais e internacionais para “encontrar uma solução para este impasse eleitoral”.
Nas últimas semanas, o governo brasileiro se ofereceu como mediador no conflito pós-eleitoral na Venezuela.
Juntamente com os governos da Colômbia e do México, emitiram uma declaração conjunta na qual afirmaram “absoluto respeito pela soberania da vontade do povo da Venezuela” e exigiram progressos rápidos para conhecer os dados discriminados por estação de voto.
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No fim de semana, o chanceler da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, anunciou que esta semana poderá haver um encontro virtual entre Maduro, Gustavo Petro, Lula da Silva e Andrés Manuel López Obrador.
Durante a conferência de imprensa, Patel ainda disse que o governo dos EUA rejeita o aumento da violência na Venezuela, as detenções em massa e a repressão dos venezuelanos, incluindo membros da oposição.
Segundo a organização não governamental venezuelana Foro Penal, pelo menos 1.300 pessoas foram detidas na Venezuela desde que eclodiram os protestos, depois de o Conselho Nacional Eleitoral ter declarado Maduro o vencedor das eleições presidenciais sem ter apresentado os resultados eleitorais.
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, informou que 25 pessoas morreram em consequência dos protestos registados desde 28 de julho.