NECTAR GAN
DA CNN
Navios de guerra do Irã, China e Rússia iniciaram os exercícios conjuntos anuais no Golfo de Omã nesta segunda-feira (10), refiorçando laços militares enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, derruba alianças ocidentais de longa data.
Os exercícios “Security Belt-2025”, que acontecem perto do porto iraniano de Chabahar, são o quinto exercício naval conjunto que o Irã, a China e a Rússia realizam desde 2019, segundo a mídia estatal chinesa.
Analistas há muito veem os exercícios como uma demonstração da crescente parceria entre as três potências autoritárias, à medida que buscam compensar a influência dos EUA e desafiar a ordem global liderada pelo Ocidente.
Mas este ano, a ótica é ainda mais pronunciada, pois Trump interrompe a aliança transatlântica – uma pedra angular da segurança ocidental por décadas – ao abraçar a Rússia às custas da Ucrânia e pressionar os aliados asiáticos a pagar mais pela proteção dos EUA.
Questionado sobre os exercícios no domingo (9), o presidente americano disse que “não está nem um pouco” preocupado com a demonstração de força dos três adversários dos Estados Unidos.
“Somos mais fortes do que todos eles. Temos mais poder do que todos eles”, ele falou à Fox News a bordo do Air Force One.
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Preocupações têm aumentado em Washington sobre a parceria estratégica emergente entre China, Rússia, Irã e Coreia do Norte, que os legisladores dos EUA descreveram como um “eixo de autoritarismo, autocratas e de ditadores”.
O medo é que uma hostilidade compartilhada em relação aos Estados Unidos esteja cada vez mais levando esses países a trabalharem juntos – amplificando a ameaça que qualquer um deles sozinho representa para Washington ou aliados, não apenas em uma região, mas talvez em várias partes do mundo ao mesmo tempo.
Ao mesmo tempo, o presidente dos Estados Unidos abraçou abertamente Vladimir Putin em uma tentativa de acabar com a guerra na Ucrânia falando diretamente com Moscou, enquanto deixava Kiev e os aliados europeus de lado.