A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) tem se destacado na luta contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY), coordenada pela Casa de Governo, ao reforçar o bloqueio de rotas logísticas terrestres utilizadas para abastecer essa atividade criminosa. Junto a outros órgãos federais e com o apoio da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a ANTT tem desempenhado um papel fundamental para interromper o fluxo de insumos que sustentam o garimpo, como combustível e maquinário, essenciais para a exploração ilegal em território indígena. Esse é um esforço conjunto e integrado do Governo Federal, com apoio de outras instituições e agências reguladoras.

No âmbito da ANTT, o foco está no bloqueio de rotas terrestres. Até o dia 8 de setembro, a Agência já havia realizado 215 ações focadas em bloquear as rotas terrestres utilizadas pelo garimpo ilegal, principalmente nas estradas que conectam Boa Vista a municípios estratégicos como Cantá, Alto Alegre e Vila Apiaú. Essas regiões são amplamente utilizadas pelos garimpeiros para transportar grandes volumes de insumos, sendo um ponto crítico de abastecimento.

Acesse nosso canal de notícias no WhatsApp pelo link: FTN BRASIL

As operações resultaram na apreensão de sete veículos e 1.080 litros de óleo diesel, essenciais para alimentar motores e dragas utilizados na mineração ilegal. A interrupção do fluxo de combustíveis tem sido uma das principais estratégias para sufocar a logística do garimpo, dificultando a continuidade das operações ilegais. Com as estradas bloqueadas, o fornecimento de materiais vitais ao garimpo fica cada vez mais restrito, tornando a exploração inviável e forçando os criminosos a interromper suas atividades.

A ideia do Governo Federal é fechar todas as rotas possíveis, sejam elas por meio da terra, do ar ou da água.

Colaboração multisetorial

As ações da ANTT são parte de um esforço mais amplo e coordenado pelo Governo Federal para combater o garimpo ilegal na Terra Yanomami, uma das maiores e mais isoladas áreas indígenas do Brasil, habitada por povos como os Yanomami e os Ye'kwana. O garimpo ilegal tem causado enormes danos ambientais, incluindo a contaminação de rios por mercúrio e a devastação de florestas, além de representar uma grave ameaça às comunidades indígenas, que sofrem com violência e doenças trazidas pelos garimpeiros.

A colaboração entre agências como a ANTT, PRF e Força Nacional é essencial, nessa ação, para garantir o sucesso dessas operações. Enquanto a ANTT foca no bloqueio de rotas terrestres, outras instituições atuam no monitoramento aéreo e fluvial, completando uma estratégia integrada de combate à logística criminosa do garimpo.

Impacto nas Comunidades Yanomami

A interrupção das atividades logísticas do garimpo ilegal protege o território da destruição ambiental e ajuda a garantir a segurança e o bem-estar das comunidades indígenas. A presença do garimpo na região tem sido associada a um aumento na violência, no desmatamento e na contaminação dos rios com mercúrio, prejudicando gravemente a saúde e os meios de subsistência dos povos Yanomami e Ye'kwana.

"Com a intensificação das ações por parte da ANTT e de outros órgãos governamentais, espera-se que o fluxo de suprimentos seja cada vez mais cortado, dificultando a operação dos garimpeiros e permitindo que o território indígena seja protegido de forma mais eficaz", disse o diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale.