PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
A influencer e advogada, Deolane Bezerra, teve sua prisão preventiva convertida em domiciliar na última segunda-feira (9), mas acabou violando as condições estabelecidas pela Justiça e após fazer uma declaração pública e divulgar um post nas redes sociais, ela foi novamente presa na terça-feira (10) por descumprir as medidas cautelares. Nesta quarta-feira (11) a Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol) expressou publicamente seu repúdio contra Deolane, que representa a indignação dos delegados sobre o ocorrido.
Em frente ao presídio, logo após ser solta, a influenciadora falou para a imprensa que “foi uma prisão criminosa, cheia de abuso de autoridade por parte do delegado. […] Eu não posso falar sobre o processo. Eu fui calada”. Em suas redes socias foi publicado uma foto de Deolane com a boca tampada com um fita e com um “x”.
Em nota, a Adepol enfatiza a defesa da Polícia Civil de Pernambuco e do delegado Paulo Gondim, que estão à frente das investigações envolvendo Deolane Bezerra. A associação condena os ataques verbais de Deolane e a violação das medidas cautelares impostas pela Justiça.
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“Tendo em vista os ataques verbais e devaneios produzidos pela investigada [Deolane] e submetida a medidas cautelares judicialmente expedidas".
Além disso, a Adepol sublinha que a notoriedade de Deolane, com seus 21 milhões de seguidores, não deve influenciar as decisões judiciais, e reforça que o status social ou visibilidade midiática não são justificativas para delitos ou impunidade.
“Lembremos que o poder econômico ou sentimento de status social por visibilidade midiática não devem ser fatores para justificação de escusas para prática de delitos nem sequer justificação para impunidade ou para afrontar o Sistema de Justiça Criminal”, diz o comunicado.
A diretora da Adepol e também secretária de Segurança de Santos (SP), delegada Raquel Galinatti, divulgou um vídeo nas redes sociais sobre o caso.
“Como delegada de polícia e diretora da Adepol obviamente eu não podia me calar diante dos ataques irresponsáveis feitos pela investigada. Ela tenta atacar as instituições e autoridades que trabalham para proteger a sociedade contra os marginais. A Lei será aplicada com todo rigor necessário”, destacou.
A delegada disse também que vai pedir uma nova investigação contra Deolane por possível obstrução de Justiça e crimes contra a honra.
