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Polícia Segunda-feira, 16 de Setembro de 2024, 15:15 - A | A

16 de Setembro de 2024, 15h:15 A- A+

Polícia / OPERAÇÃO IMPOSTOR

Ex-servidores são condenados pela justiça por fraudes tributárias na Prefeitura de Cuiabá

A pena de 3 anos e 4 meses de reclusão imposta pelo magistrado foi substituída por duas restritivas de direito, que serão aplicadas posteriormente pelo Juízo da Execução Penal

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, condenou os ex-servidores Mário Cézar de Almeida e Priscila Karen Ardaia de Almeida Rampasso por corrupção envolvendo fraudes tributárias na Prefeitura de Cuiabá. A decisão foi divulgada na última quarta-feira (11).

Mário foi condenado por corrupção ativa, enquanto Priscila foi responsabilizada por corrupção passiva.

A pena de 3 anos e 4 meses de reclusão imposta pelo magistrado foi substituída por duas restritivas de direito, que serão aplicadas posteriormente pelo Juízo da Execução Penal.

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Consta na denúncia que Mário era responsável por realizar o acompanhamento de alvarás, certidões, dentre outras atividades relacionadas ao setor responsável pelo do Imposto Predial Territorial Urbano – IPTU. Contudo, ele também atuava indevidamente como “despachante” com o intuito de obter documentos em diversos setores da Prefeitura, para angariar clientes e aliciar outros servidores.

Ainda conforme os autos, Priscila teria recebido vantagens ilícitas de Mário.

"Desta forma, julgo parcialmente procedentes os pedidos formulados na denúncia", decidiu o magistrado.

Na sentença, o juiz absolveu os acusados Gonçalino de Paula Nunes e Eufrásia Conceição dos Santos.

Entenda o caso

A ação foi desencadeada pela Operação Impostor, deflagrada em 2012 para apurar um esquema de fraudes no sistema tributário da Prefeitura de Cuiabá.

De acordo com as investigações, os envolvidos faziam a baixa de débitos de IPTU, sem a respectiva contrapartida do crédito aos cofres públicos.

Durante a apuração, Polícia Civil descobriu que a fraude se estendia também na arrecadação dos impostos ISSQN e ITBI e os serviços de emissões de certidões, alvarás, aprovações de projetos, autorizações junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MT), multas/fiscalização, Habite-se e dívidas da antiga Sanecap.

Na época, as investigações apontavam que o esquema teria causado danos no importe de R$ 1,3 milhão.

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