ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Na última segunda-feira (23), o Comando Conjunto "Catrimani II" interditou mais uma pista de pouso clandestina na Terra Indígena Yanomami (TIY). Desta vez, o alvo estava localizado na região de garimpo Mucuim e o acesso das tropas ao local precisou do apoio das aeronaves UH-15 “Super Cougar” da Marinha do Brasil (MB) e HM-1 “Pantera” do Exército Brasileiro (EB). A ação teve o escopo de asfixiar a capacidade logística da mineração ilegal que atua na região.
A pista foi inutilizada por intermédio de uma operação controlada, na qual explosivos foram distribuídos ao longo de sua extensão, conforme cálculos de engenharia. Durante a ação, também foram encontrados e neutralizados um quadriciclo, aproximadamente 250 litros de combustível e uma tonelada de cassiterita, popularmente conhecida como “ouro negro”.
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As pistas de pouso clandestinas, geralmente construídas em locais estratégicos próximos às áreas de garimpo, permitem que aeronaves pequenas, como aviões e helicópteros, realizem o transporte rápido de recursos necessários à mineração ilegal. Na época de seca dos rios, quando a navegação fluvial não é possível, elas são praticamente a única forma de acesso às áreas de extração ilegal de minério.
A pista de Mucuim foi o quarto aeródromo interditado pela Operação "Catrimani II" apenas neste mês. Além dela, foram inutilizadas as pistas do Hélio, Couto Magalhães e Valmor.
A Operação "Catrimani II" é uma ação conjunta entre órgãos de Segurança Pública, Agências e Forças Armadas, em coordenação com a Casa de Governo no Estado de Roraima, em cumprimento à Portaria GM-MD N° 5.831, de 20 de dezembro de 2024, que visa agir de modo preventivo e repressivo contra o garimpo ilegal, os ilícitos transfronteiriços e os crimes ambientais na TIY.