PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Foi deflagrada na manhã desta terça-feira (10), a segunda fase da Operação Baal, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em parceria com a Polícia Federal de São Paulo, que visa combater uma organização criminosa especializada em roubos na modalidade "domínio de cidade" e "novo cangaço". Essas modalidades de crime envolvem ataques a pequenas cidades, onde os criminosos sitiavam o local para realizar assaltos de grande porte, frequentemente utilizando armamento pesado e táticas violentas, com o objetivo de roubar bancos, bases de valores e outros estabelecimentos.
A operação desencadeada a partir das investigações de uma tentativa de roubo a uma base de valores em abril de 2023, em Confresa, Mato Grosso, quando vários criminosos foram capturados ou mortos após um confronto com as forças de segurança. Entre os envolvidos estava um integrante da facção criminosa que residia em São Paulo. As autoridades buscam desarticular esses grupos que espalham terror e dificultam a ação das forças de segurança pública. A operação cumpre mandados de busca e prisão na tentativa de eliminar as células remanescentes dessa quadrilha.
Mandados cumpridos nesta terça
Na ação desta terça-feira (10), foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, além de três mandados de prisão preventiva nas cidades de São Paulo e Buri. Entre os presos está um indivíduo que esteve foragido por quase duas décadas, de 2005 até 2024, quando foi capturado em uma investigação do Gaeco de Campinas. Durante as buscas, foram encontradas armas de fogo, munições e roupas camufladas, usadas em crimes violentos. Também foi apreendido material de vídeo que mostrava um CAC (Colecionador, Atirador e Caçador) dando aulas de tiro com fuzil a outro integrante da facção criminosa, evidenciando o treinamento especializado do grupo.
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Primeira fase
Na primeira fase da Operação Baal, que ocorreu em maio deste ano, o Ministério Público do Estado de São Paulo apresentou denúncia contra 18 pessoas envolvidas na organização criminosa especializada em roubos violentos, como "novo cangaço" e "domínio de cidade". Caso sejam condenados, cada acusado deverá pagar uma indenização de R$ 5 milhões por danos morais à coletividade, dada a gravidade dos crimes e o impacto social que causaram.
Ataque em Confresa
O ataque em Confresa, que deu origem à operação, envolveu uma ação extremamente violenta da quadrilha. Os criminosos fortemente armados invadiram o quartel da Polícia Militar, colocando fogo tanto no local quanto em pontos estratégicos das rodovias para impedir a resposta das autoridades.
Posteriormente, atacaram a empresa de transporte de valores Brinks, onde explodiram o muro em uma tentativa de roubar o dinheiro armazenado. No entanto, o plano foi frustrado pelas forças de segurança, resultando em confrontos e na prisão ou morte de vários membros do grupo.
