PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
A Polícia Federal de Mato Grosso do Sul, em parceria com a Receita Federal, deflagrou na manhã desta quarta-feira (23) a Operação Toque de Silêncio, focada no combate a crimes de contrabando e descaminho. A operação visa cumprir diversos mandados de prisão preventiva, busca e apreensão, além de realizar o sequestro de ativos financeiros e bens, estimados em R$ 3 milhões. Além disso, foi determinado o fechamento e a suspensão das atividades de um hotel, que estava sendo utilizado como depósito e entreposto logístico para as mercadorias ilegais.
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A operação faz parte de uma série de ações coordenadas para desmantelar redes criminosas que se valem de infraestruturas comerciais para suas atividades ilícitas. A PF e a Receita Federal seguem realizando esforços para coibir essas práticas, protegendo a economia formal e garantindo a legalidade no comércio de mercadorias.
A operação deflagrada no dia de hoje já havia recaído sobre o principal alvo na operação Fronteira Legal, deflagrada em 23/9/2021. Com a profundidade das investigações foi identificado com precisão o modus operandi dos investigados que utilizavam o hotel de forma estável e permanente na reiteração e apoio aos crimes, bem como HUB/depósito/entreposto de mercadorias ilegais de origem Paraguaia.
Durante a Operação Toque de Silêncio, foi constatado que os investigados adotavam diversas estratégias para driblar as ações policiais e fiscais. Eles se aproveitavam da proteção constitucional do domicílio para evitar abordagens policiais em locais como o hotel utilizado para o contrabando. Além disso, organizavam uma troca frequente de "equipes" e dividiam as tarefas para dificultar a identificação dos responsáveis.
Outra tática usada era o fracionamento do percurso e a divisão das mercadorias ilegais, de forma que, em caso de apreensão, apenas parte da carga fosse perdida, preservando o restante. Essas manobras demonstram o nível de sofisticação das operações criminosas, exigindo maior esforço das autoridades para desarticular a logística do contrabando e descaminho.
Foram identificadas diversas pessoas presas em flagrantes devido ao fato de transportarem mercadorias que adentraram o território nacional de forma irregular, como cigarros, perfumes, eletrônicos, relógios, roupas, equipamentos para a pesca, essência de narguile, máquina de fazer aplicação de película de celular, dentre outras.
Em depoimento, esses flagranteados informaram que iriam armazenar seus produtos no “hotel” objeto dessa ação e muitos deles ratificaram a participação efetiva do sócio proprietário.