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Política e Eleições Sexta-feira, 08 de Novembro de 2024, 16:00 - A | A

08 de Novembro de 2024, 16h:00 A- A+

Política e Eleições / APÓS DENÚNCIA DE ABILIO

Governador Mauro Mendes ordena investigação sobre influência de facções criminosas na Câmara de Cuiabá

É grave essa interferência. Isso não é novidade para ninguém, e não é só em Cuiabá, é em todo Brasil que está acontecendo isso”, enfatizou Mendes na manhã desta sexta-feira (0

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O governador Mauro Mendes (União) determinou que o secretário de Segurança Pública, o coronel César Augusto de Camargo Roveri, apure as denúncias feitas pelo prefeito eleito de Cuiabá Abilio Brunini (PL), de que a facção Comando Vermelho estaria atuando para eleger a próxima Mesa Diretora da Câmara de Vereadores da Capital.

A resposta imediata de Mauro Mendes reflete o compromisso do governo estadual com a segurança pública e a transparência nas instituições. Ao ordenar a investigação, Mendes demonstra que o governo agirá com firmeza para evitar interferências criminosas no processo democrático. Caso as denúncias sejam confirmadas, Mendes promete medidas ainda mais rigorosas para garantir a proteção da população e a estabilidade das instituições em Mato Grosso.

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O chefe do Executivo Estadual classificou a situação como “extremamente grave” e solicitou que o integrante de seu primeiro escalão convoque o gestor eleito para uma reunião, a fim de se inteirar sobre esse assunto e, assim, tomar as providências cabíveis.
 “Vou pedir para que o secretário de segurança convide o candidato eleito para uma conversa sobre esse assunto. É muito grave o que ele falou. A ousadia dos criminosos no Brasil não está assustando mais ninguém. E isso, diga-se de passagem, não é mais novidade para ninguém. [...] É grave essa interferência. Isso não é novidade para ninguém, e não é só em Cuiabá, é em todo Brasil que está acontecendo isso”, enfatizou Mendes na manhã desta sexta-feira (08).
 
O governador também criticou a Proposta de Emenda à Constituição que foi elaborada pelo Governo Federal, que prevê uma reforma na legislação penal do país, Ele e outros governadores estiviram reunidos com o presidente Lula e o ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Lewandowski, onde discutiram sobre a Pec da Segurança Pública. Para ele, a matéria não avança em nada. “Ao ler a proposta, não vi nada que vai contribuir de forma decisiva para mudar esse cenário. Nada, absolutamente nada, é como se nós tivéssemos um paciente em câncer, e nós estivéssemos dando neosaldina, dipirona, um remédio para dor”, comparou.

Segundo ele, Lewandowski, irá convocar uma reunião mais prática e objetiva sobre a segurança pública. "E lá pode ter certeza que eu vou rasgar o verbo, vou falar com graves e fatos muito daquilo que eu tenho dito, sobre a segurança pública, de alguns caminhos que eu tenho dito, para mudar essa tragetória". 
 
O chefe do poder Executivo de Mato Grosso defende medidas mais duras e acredita que, apesar de a PEC não corresponder com as expectativas, o início do diálogo já é um avanço. “As facções criminosas estão avançando fortemente como crime organizado, enquanto o estado brasileiro bate cabeça. Eu estava fora do país, retornei ontem e vi com muita alegria uma convocação do nosso presidente para todos os governadores. [...] Temos que fazer uma reflexão profunda, verdadeira, honesta, corajosa, para enfrentar o crime organizado nesse país, se não eles vão estar todos os dias protagonizando cenas de violência, se não cenas desrespeito e afronta ao estado brasileiro como essa relatada pelo prefeito eleito da capital, de que eles estariam se movimentando para eleger mesa diretora na câmara de Cuiabá, vão continuar acontecendo diariamente”, completou.


 

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Paulo 08/11/2024

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