ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Nesta quinta-feira (12), durante a 4ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o governo federal e o setor produtivo anunciam R$ 468,38 bilhões de investimentos privados e públicos para a Missão 5 da Nova Indústria Brasil – Bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas.
A reunião do Conselhão é presidida pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e conduzida pelo ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República, Alexandre Padilha, no Itamaraty, em Brasília.
Do total dos R$ 468,38 bilhões, R$ 88,3 bi são de recursos públicos de linhas de crédito para projetos que envolvam atividades como inovação, exportação, produtividade, sendo que R$ 74,1 bilhões já foram contratados entre 2023 e 2024. Outros R$ 14,2 bilhões estarão disponíveis para 2025 e 2026.
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Na reunião, o setor privado irá anunciar R$ 380,1 bilhões em investimentos, até 2029, relacionados à missão 5.
“O Brasil já é protagonista dos biocombustíveis e tem todas as condições de liderar a agenda global da descarbonização. Temos políticas públicas robustas, instrumentos de financiamento e estamos atraindo investimentos privados, para trabalhar para esse objetivo”, afirmou Alckmin.
Metas aprimoradas e cadeias prioritárias definidas
Na reunião, o vice-presidente apresentou as três novas metas da Missão 5, para 2026 e 2033, e anunciou as cadeias prioritárias, aprovadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).
A primeira meta é promover a indústria verde, reduzindo a intensidade de emissões de gases de efeito estufa por unidade de produto em consonância com as metas setoriais do Plano Clima. O governo buscará ampliar em 27%, em 2026, e 50%, em 2033, a participação dos biocombustíveis e elétricos na matriz energética de transporte. Além disso, a NIB irá ampliar o uso tecnológico e sustentável da biodiversidade pela indústria em mais de 10%, em 2026, e 30%, em 2033.
Nesta fase da Nova Indústria Brasil, o CNDI definiu seis cadeias prioritárias para o desenvolvimento industrial da Missão 5: diesel verde e combustível sustentável da aviação (SAF); hidrogênio de baixa emissão de carbono; Biometano; aço e cimento verde; aerogeradores; e painéis solares.
A definição das cadeias levou em conta os objetivos específicos das missões, a existência de capacidades locais construídas, o potencial de geração de exportações de alta intensidade tecnológica, e o impacto para a cadeia produtiva, e para a geração de empregos qualificados.
Combustíveis sustentáveis
Durante a reunião, a Finep e o BNDES lançam chamada pública, no valor de R$ 6 bilhões, para o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis de aviação e navegação, duas janelas de oportunidade para a indústria nacional.
O Plano Mais Produção (P+P), braço de financiamento da NIB, tem R$ 507 bilhões em linhas de crédito para financiamento das ações de desenvolvimento industrial entre 2023 e 2026.
Na linha do Mais Inovação, a Finep irá aprovar projetos que vão impulsionar a bioeconomia, energias renováveis e saneamento, resíduos e moradia. São iniciativas realizadas por empresas em parceria com Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs).
Investimentos privados para a indústria chegam a R$ 2,2 trilhões
No total, a indústria brasileira já anunciou R$ 2,2 trilhões de investimentos, para a ampliação e construção de novas fábricas, P&DI, entre outras medidas que vão deixar a indústria nacional mais competitiva.
Setores que anunciaram investimentos:
- Construção - R$ 1,06 tri
- Energias renováveis – R$ 380,1 bi
- Agroindústria - R$ 296 bi
- Automotivo - R$ 130 bi
- Papel e Celulose - R$ 105 bi
- Tecnologia da Informação e Comunicação - R$ 100,7 bi
- Aço - R$ 100 bi
- Saúde - R$ 39,5 bi
Recursos públicos para a Missão 5 são de R$ 88,3 bi (Plano Mais Produção/P+P): R$ 74,1 bi já alocados (2023-2024), somados a R$ 14,2 bi (2025-2026)
•Só de investimentos privados são R$ 380,1 bi, até 2029, para a Missão 5.
•Metas: ampliar participação dos biocombustíveis e elétricos na matriz energética de transportes, em 27%, em 2026; e 50%, em 2033; e ampliar o uso tecnológico e sustentável da biodiversidade pela indústria em mais de 10%, em 2026; e 30%, em 2033.
•Total de investimentos já anunciados pelo setor produtivo já alcança R$ 2,2 tri.