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Política e Eleições Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2025, 07:40 - A | A

18 de Fevereiro de 2025, 07h:40 A- A+

Política e Eleições / PROTEÇÃO ÀS CRIANÇAS

Ranalli projeta mudar Projeto de Lei que proibi a presença de crianças em qualquer tipo de evento que tenha ‘conotação sexual’

A pauta já causa polêmica dentro e fora da Câmara e tem incitado debates sobre o tema. O projeto de lei ainda tem que passar pelas comissões do Legislativo como na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, que tem como presidente a vereadora Samantha

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O vereador por Cuiabá, Rafael Ranalli (PL) analisa a possibilidade de propor uma emenda ao seu projeto de lei que tem como objetivo proibir a presença de menores de 18 anos na Parada do Orgulho LGBTQIA+ na capital. De acordo com o vereador, a ideia é de proibir a participação desse público em qualquer tipo de evento que tenha conotação sexual, o que no caso incluiria até mesmo o Carnaval.

Protocolada no dia 31 de janeiro, a proposta que visa proibir a presença de menores de 18 anos na Parada do Orgulho em Cuiabá afirma que “o parlamento cuiabano é a expressão máxima da voz dos cidadãos do município”, razão pela qual Ranalli pretende proibir que pais e responsáveis levem os menores para prestigiar o evento.

Sem apresentar dados científicos e se embasando apenas nas pautas dos costumes, o vereador alega que “a exposição da criança ao evento é indesejável interferência em sua formação moral, podendo causar profundas lacerações e cicatrizes em sua futura personalidade”.

“Estou pensando em emendar meu projeto, não deixar apenas com foco na Parada LGBT, mas colocar outros eventos de conotação sexual, independente de orientação sexual e de gênero. Falei com colegas vereadores de proibir de 0 a 12; já de 12 a 16 só com a presença dos pais; e com 16 a 18 com autorização dos pais. [A ideia é evoluir] e até colocar outros tipos de festas e chamar a população para conversar. Acredito que o projeto vai chegar modificado no Plenário”, disse o vereador durante entrevista concedida ao Jornal da Cultura na última terça-feira (11).

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A pauta já causa polêmica dentro e fora da Câmara e tem incitado debates sobre o tema. O projeto de lei ainda tem que passar pelas comissões do Legislativo como na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, que tem como presidente a vereadora Samantha Íris (PL) e na Comissão da Criança e do Adolescente, presidida pelo próprio Ranalli.


Caso haja descumprimento, o projeto prevê multa no valor de R$ 10 mil aos organizadores do evento e de R$ 5 mil aos responsáveis pela criança.

De acordo com dados históricos, a Parada LGBTQIA+ tem sua origem no ano de 1969, em Nova York. Na época, muitos LGBTQIA+ eram violentados nas ruas e em bares gays, como o Stonewall In, que sofriam constantes batidas policiais sem qualquer tipo de mandado oficial e, geralmente, as pessoas LGBTQIA+ eram humilhadas nas operações. Naquele ano, um grupo de pessoas decidiu resistir à ação policial e dar um passo para mudar esse cenário.

Após os eventos de Stonewall, ativistas da comunidade começaram a organizar manifestações públicas em defesa dos direitos e da visibilidade LGBTQIA+. O dia 28 de junho, foi escolhido para marcar as celebrações anuais do orgulho LGBT em muitos lugares do mundo, o que segue até os dias atuais. Além de ser uma celebração, a festa também alerta para a luta pelos direitos civis básicos da comunidade.

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