ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
A vereadora Michelly Alencar protocolou, na manhã desta quinta feira (06), o pedido de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis fraudes financeiras da gestão anterior envolvendo recursos públicos até o exercício de 2024. A iniciativa visa apurar irregularidades e garantir a transparência na gestão dos cofres municipais.
“Nós tivemos fraudes fiscais absurdas que já vínhamos anunciando nas próprias prestações de contas, que desde 2021 a prestação de contas da Prefeitura vinha com algumas ressalvas que nunca foram sanadas. Com isso, a bola de neve foi aumentando e tivemos fraudes em contratos que a gente vai investigar na CPI. Essas fraudes impactaram os serviços essenciais para a nova gestão. Esse ano, vários serviços essenciais não puderam acontecer”, disse a vereadora nesta quinta-feira (06).
A vereadora Michelly foi uma das poucas parlamentares que puderam acompanhar de perto o trabalho da equipe de transição de gestão do prefeito Abilio Brunini (PL) em novembro e dezembro de 2024, afinal, o grupo era comandado pelo atual secretário de Esportes e marido da vereadora, Jeferson Neves.
Michelly contou que a equipe de transição encontrou dificuldade para fazer um trabalho técnico na gestão, tendo em vista que os secretários do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) por muitas vezes forneciam documentos incompletos que não ajudavam a equipe de Abilio.
“Foram pedidos relatórios de todos os processos das secretarias para que a gente tivesse uma noção como as secretarias chegavam ao fim da gestão. Teve secretaria que apresentou uma folha sulfite incompleta. Tiveram uma demora absurda e muita resistência. E aquilo que foi apresentado agora que a gestão tomou pé da situação estava muito longe da realidade. Por isso que estamos apresentando a CPI para que possamos entender de fato onde houve os desvios do recurso público que deveriam estar garantindo os serviços essenciais à população”, finalizou Michelly.
O requerimento aguarda agora os trâmites regimentais da Câmara Municipal de Cuiabá para que a CPI seja oficialmente instaurada. A proposta surgiu após a identificação de indícios de desvios de recursos públicos, apropriação indevida de valores, fraudes fiscais e descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
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Caso aprovada, a comissão será composta por parlamentares indicados pelos blocos partidários e terá prazo determinado para a conclusão das investigações."Nosso compromisso é com a transparência e a responsabilidade fiscal. A população cuiabana merece respostas e nós vamos trabalhar para esclarecer os fatos e responsabilizar eventuais culpados", destacou a vereadora Michelly Alencar.
Caso seja instaurada, a CPI terá acesso a documentos, contratos e relatórios financeiros, além de poder convocar testemunhas e especialistas para contribuir com as investigações. O objetivo é elaborar um relatório final com conclusões e possíveis encaminhamentos ao Ministério Público e demais órgãos competentes.