ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
A primeira-dama Virgínia Mendes reagiu com firmeza às críticas sobre o modelo de gestão do Hospital Central, em Cuiabá. Durante entrevista à imprensa, ela defendeu a escolha do Hospital Israelita Albert Einstein para administrar a unidade e questionou a postura do parlamentar, que tem se posicionado contra a iniciativa.
“Quando eu estive doente, e estava perdendo o meu rim, fui tratada no Albert Einstein porque meu plano de saúde é de lá e aqui não tinha transplante. E o deputado Lúdio criticou o fato de eu ter sido tratada lá”, afirmou Virginia.
Em tom de indignação, completou: “Estamos trazendo o melhor hospital do Brasil para tratar a população daqui. Ele é contra? A maioria da população é favorável. Já tem pesquisa nesse sentido. Ele é contra?”.
A intervenção da primeira-dama ocorreu quando o governador Mauro Mendes (UB), respondia a questionamentos da imprensa sobre a natureza do contrato com o Albert Einstein.
Enquanto o governador esclarecia que a gestão seria feita diretamente pela instituição, com CNPJ próprio, Virginia insistiu em reforçar os benefícios da proposta e o impacto positivo para a população mato-grossense. “Quer dizer que quando foi para mim, aí pode, mas para a população, não?”, disse.
O governador Mauro Mendes explicou que a vinda da diretoria do hospital paulista está prevista para o dia 22 de abril, e que os deputados estaduais já foram informados sobre a agenda para esclarecer dúvidas e analisar o projeto. “É o Albert Einstein. Vocês vão presenciar a diretoria aqui, em Cuiabá. Não fazemos nada que não esteja na lei”, garantiu.
O Hospital Central oferecerá 100% de atendimento pelo SUS, ou seja, não haverá custo para o cidadão garantiu a primeira-dama de Mato Grosso, Virigina Mendes.
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Já o deputado Lúdio Cabral (PT), tem defendido que o Hospital Central seja administrado por uma Organização Social de Saúde (OSS), e não por uma empresa privada, embora reconheça a excelência do Einstein. Para o deputado, o modelo precisa preservar o caráter público da gestão hospitalar.
"Esse modelo de contratação de Organizações Sociais em Saúde já foi utilizado em Mato Grosso de 2011 a 2018 e só trouxe resultados negativos: custo elevadíssimo, precarização do vínculo dos profissionais de saúde, baixa qualidade nos resultados e sucateamento de todas as unidades hospitalares", lembrou o deputado.
O parlamentar apontou brechas no artigo 4º, que prevê que o Estado repasse os recursos para a OSS equipar o hospital. “Quando acabar o contrato, os equipamentos vão permanecer no Hospital Central? É preciso ficar claro que isso é patrimônio público do Estado de Mato Grosso”, observou Lúdio.