ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Após o Shopping Popular na região do bairro Dom Aquino, pegar fogo na madrugada desta segunda-feira (15), comerciantes que trabalham diariamente perderam tudo. Nossa equipe de reportagem do site FTNBRASIL esteve no local e conversou com o grupo de lojistas. Confira os vídeos no final desta matéria.
À reportagem, os comerciantes disseram que neste momento, não há o que dizer sobre a destruição em massa do estabelecimento. Apesar de perderem absolutamente tudo, os comerciantes não estão preocupados neste momento em recuperar os bens, mas sim, como será a reconstrução do prédio para que todos eles possam recomerçar do zero.
Importante ressaltar, que cerca de 3 mil pessoas que trabalhavam com os comerciantes também foram afetadas com a destruição causada pelo fogo no Shopping Popular, segundo a Associação Comercial de Cuiabá.
Apoio do Governo de MT
O Governo do Estado, representado pelo governador em exercício Otaviano Pivetta, se reuniu nesta manhã com o presidente da Associação dos Camelôs do Shopping Popular, Misael Galvão e um grupo de comerciantes do Shopping Popular para acharem uma solução após o fogo destruir todo o local.
De acordo com Pivetta e o secretário da Casa Civil, Fábio Garcia, será liberado uma linha de crédito emergencial pela agência estadual de fomento, a Desenvolve MT, para ajudar todos os trabalhadores afetados pela grande tragédia.
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A primeira reunião foi realizada para elaborar um estudo desta linha de crédito emergencial a todos os comerciantes. Com o levantamento da situação legal dos comerciantes e do espaço, será possivel fazer essa liberação. Quanto mais informações detahadas, o governo de Mato Grosso poderá criar as condições necessárias para ajudar todas as famílias afetadas.
Segundo o presidente da Associação dos Camelôs do Shopping Popular, Misael Galvão, o Estado de Mato Grosso dará um capital de giro de R$120 mil para cada associado neste primeiro momento. "O governo vai dar amparo para recomeçar com tendas e outros materias no estacionamento do Shopping e a estrutura do Complexo Dom Aquino. Vamos reconmeçar ali mesmo para não perder os clientes e conseguir levar o sustento para a família", afirmou à imprensa.
Apoio da Prefeitura de Cuiabá
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), também esteve no local para dar sua solidariedade e garantir apoio aos comerciantes. Nesta tarde, o município de Cuiabá, fará uma reunião emergencial no Palácio Alencastro, com sua equipe para planejar as medidas a serem tomadas para a reconstrução do local e minimizar os prejuízos dessas famílias.
Algumas ideias elencadas incluem usar o espaço do Shopping Orla, que também deverá ser ampliado, mas ainda não há definição sobre o novo espaço. Também está sendo feito contato com o Governo Federal, o Legislativo, o Judiciário e o Ministério Público para buscar mais recursos aos comerciantes.
Sem seguro - O representante dos lojistas informou que o local não tinha seguro, pois não conseguiram uma seguradora para fechar o serviço para todos os lojistas.
Ação do Corpo de Bombeiros
De acordo com o tenete-coronel Heitor Fernandes da Luzm que comanda o combate as chamas e o risco de novas explosões, o local tinha produtos altamente inflamáveis, o que contribuiu na propagação rápida do fogo.
Ele afirma que os Militares, não conseguiram adentrar ao que sobrou da estrutura do Shopping Popular, "A gente continua controlando do lado de fora ainda as chamas que a gente consegue visualizar a distância. Desabou todas as paredes do 2º piso e ainda tem paredes do primeiro piso rachadas desabando.
O acesso está muito complicado, quando você pisa nos entulhos, tem fogo por baixo ainda. Então a gente tem que ter calma agora, já que não tem vítima, já que conseguiu conter, tem que ter cuidado para evitar acidente com nossos militares também”, complementou, destacando que os trabalhos iniciais foram para preservar o prédio da administração do Shopping Popular e o Lar dos Idosos, localizado ao lado do empreendimento.
Apesar de dizer que há certo controle na situação, já que o risco das chamas se propagarem são mínimos, o tenente-coronel frisou que todo trabalho tem sido realizado com cautela, principalmente para preservar os militares de alguém risco. Ele destacou que são sete viaturas atuando no local, com dezenas de profissionais.
“A gente ainda não sabe qual material combustível que ainda não foi queimado lá dentro. Como não tem vítima, a gente vai controlando o incêndio, vai reabastecendo, fazendo a gestão das viaturas com água. Mas existe o risco sim”, observou.
Heitor Fernandez citou que a estrutura do Shopping Popular comprometeu o controle do avanço das chamas, uma vez que havia material combustível logo após a parede do shopping.
“A impressão que dava é que estava pegando fogo no concreto, na parede, que é muito diferente pela nossa experiência. Aí quando desaba a gente vê que tirando a parte de alvenaria, tem uma estrutura metálica e que no interior dela parece um tipo de isopor, uma substância que é combustível. Aí depois a gente conseguiu entender porque as chamas na parede estavam tão altas, explicou.
O militar explicou que os focos de calor ainda impedem a aproximação dos militares ao que restou do prédio. “A incidência de calor é muito intensa, a gente está a 15, 20 metros de distância, com todo equipamento de segurança, a gente sente queimar pequena parte de pele”, contou o oficial.
Segundo tenente-coronel, havia uma carga de combustível muito grande, muitas bancas de perfumes com álcool, muitas bancas com material eletrônico, com baterias, coisas que dificultaram o nosso combate, mais a gente teve várias viaturas, todas as guarnições da área metropolina de Cuiabá, inclusive a de Várzea Grande, que nós mantivemos. A única viatura de incêndio quem mantivemos no local", disse Heitor Fernandez.
Divulgação
Crédito: Paula Valéria- Site FTNBRASIL
