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15 de Novembro de 2024, 12h:06 A- A+

Destaque / "ME PEGOU PELA BOCA"

Cheque da Moriah Asset adoçou o sorvete sem açúcar da Freeze

Firma de investimentos que aposta em marcas saudáveis investiu para abrir primeira loja física

DO JORNAL DE BRASÍLIA

A Moriah, firma de investimentos de Fabiano Zettel, acaba de colocar mais uma marca ligada à saúde e bem-estar no portfólio. Investiu R$ 1,2 milhão para levar 30% da Freeze, fabricante de sorvetes e picolés sem açúcar, lactose ou glúten. “Me pegou pela boca”, conta o investidor. 

Ele recebeu uma amostra do produto enviado pela fundadora Carolina Goldberg, uma empreendedora de 28 anos com histórico familiar na indústria sorveteira. Carolina se embrenhou nas receitas de família, passou uma temporada estudando as fórmulas na Itália e criou o que Zettel define como um sorvete tão cremoso quanto aquele cheio de gordura. 

Criada há dois anos, a Freeze funcionava, até agora, com uma portinha de fábrica no Jardim Paulista, em São Paulo, de onde fornecia a sobremesa para restaurantes como Rubayat, Insalata e Empório Frutaria e fazia vendas pelos aplicativos iFood e Rappi. “Começou a ter fila de cliente na portinha que era só para as retiradas pelos motoboys, mostrando a oportunidade para escalar o negócio”, diz Zettel. 

A maior parte do capital na transação foi injeção no caixa, para abrir a primeira loja da Freeze e aumentar a capacidade produtiva. Inaugurada ontem à noite no bairro Itaim Bibi, a unidade conceito de 400 m2 tem também fabricação local. “Tudo que é premium precisa estar no Itaim e nos Jardins, então um próximo passo deve ser uma loja menor na Oscar Freire ou entorno. A partir daí o planejamento inclui quiosques em shoppings de São Paulo, que já têm nos procurado”, diz o investidor.

A etapa seguinte será a expansão para outras capitais, o que pode acontecer num modelo de franquia, e a venda em redes de supermercado. “O segredo é a qualidade dos ingredientes, então a expansão vai ser no ritmo possível. Vender sem ter o produto para entregar é tão ruim quanto ter produto e não vender”, diz ele.

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Fabiano Zettel e Carolina Goldberg: primeira loja em São Paulo no plano de maior produção — Foto: Divulgação/Thiago Daniel

A Freeze projeta fechar o ano com receita de R$ 4 milhões, o dobro do ano passado. Para Zettel, o potencial de crescimento vem do atendimento a dois nichos complementares – o público que tem restrições alimentares de fato, como celíacos ou diabéticos, e a quem busca opção mais saudável e menos calórica de forma geral.

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A marca é a 28ª no portfólio da Moriah, que passou a receber cerca de 150 propostas de empreendedores por mês. A gestora é uma das poucas que investem em novatas como faz um venture capital, mas neste caso para PMEs, sem relação direta com tecnologia, alavancando negócios. “Eu não sou desenvolvedor de produto. Surfo na criatividade alheia, fazendo ela crescer”, define Zettel, que só aposta em teses ligadas a wellness, como Utreino, Haoma, Desinchá e Frutaria.

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