ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O Ministério da Saúde está em fase de validação da eliminação do tracoma em território nacional. O objetivo é coletar evidências para solicitar a certificação de país livre da doença à Organização Mundial da Saúde (OMS).
Seguindo as diretrizes do Global Trachoma Mapping Project (GTMP) da OMS, o Brasil tem realizado o “Inquérito nacional de prevalência para a validação da eliminação do tracoma”. A pesquisa começou em 2018, com análise em 10 unidades não indígenas, as quais alcançaram as metas para certificação. Atualmente, a pasta realiza o inquérito em cinco áreas indígenas, localizadas no Maranhão, Roraima e Amazonas.
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Paralelo à coleta de dados, o ministério constrói um dossiê com documentos que comprovam as avaliações e resultados alcançados, para apresentar à OMS. Na sequência, a organização internacional faz a análise dos documentos e da situação brasileira, para emitir o certificado de país livre do tracoma.
Para alcançar a certificação, o Brasil precisa bater metas de prevalência do tracoma, além de garantir a mobilização da rede de vigilância, para evitar a reintrodução da doença no país.
O tracoma é uma doença inflamatória ocular, causada pela bactéria Chlamydia trachomatis . Ela ocorre em áreas de maior concentração de pobreza, deficientes condições de saneamento básico e acesso à água, por isso é considerada uma doença determinada socialmente.
Brasil Saudável
A eliminação do tracoma está vinculada ao programa Brasil Saudável - uma ação inédita , criada a partir do Comitê interministerial para a eliminação da Turbeculose e outras doenças determinadas socialmente (Ciedds), que reforça o compromisso com o fim de doenças e infecções determinadas e perpetuadas pelos ciclos da pobreza, da fome e das desigualdades socioambientais no país.
A meta do programa é eliminar como problema de saúde pública no Brasil, até 2030, 11 doenças e 5 infecções de transmissão vertical que, apesar de suas especificidades, têm em comum uma forte influência dos determinantes sociais. São elas: tuberculose , hanseníase , HIV/aids , malária , hepatites virais , tracoma , oncocercose , doença de chagas , esquistossomose , geo-helmintíases , filariose linfática , sífilis , hepatite B e HTLV