FLÁVIO ISMERIM
DA CNN
Um erro de digitação na planilha de notas divulgada pela Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) provocou uma confusão nas redes sociais na noite de quinta-feira (6). Se no resultado oficial, anunciado após a leitura das notas na apuração de quarta-feira (5), a Beija-Flor foi a campeã, o material da entidade apontava para um resultado diferente.
Na apuração oficial, a Grande Rio havia perdido apenas um décimo em bateria. Mas, na planilha inicialmente divulgada pela Liesa, a escola de Duque de Caxias aparecia com a nota máxima no quesito (30) e, portanto, terminaria a apuração empatada com a Beija-Flor em pontos. Pelos critérios de desempate, a tricolor seria declarada campeã, o que foi suficiente para incitar seus torcedores nas redes sociais.
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Pouco tempo depois, a planilha da Liesa foi atualizada com as notas que haviam sido divulgadas na quarta-feira e o resultado voltou a ser o mesmo proclamado na apuração oficial: Beija-Flor campeã. A entidade também divulgou todas as notas e justificativas atribuídas pelos jurados, o que ajudou a referendar o resultado oficial.
“O resultado com todas as justificativas do jurado já está lá no site da Liesa, então passa lá para vocês conferirem e entenderem ainda mais sobre o modelo competitivo do nosso Carnaval”, afirmou Gabriel David, presidente da liga e filho do patrono da Beija-Flor, no vídeo em que informava a divulgação das notas e justificativas.
Escolas apontaram inconsistências no julgamento
Quatro agremiações foram às redes sociais para protestar com as notas atribuídas pelos jurados e a confusão provocada pelos erros de digitação da Liesa. Mocidade, Salgueiro, Unidos de Padre Miguel e a própria Grande Rio se mostraram insatisfeitas com o julgamento e a confusão.
A tricolor de Caxias afirmou que questionará a inconsistência das notas divulgadas na plenária da Liesa que acontecerá nesta sexta-feira (7). O Salgueiro, mesmo antes da divulgação das justificativas, também já havia reclamado do julgamento e apontado a ação de “ladrões de plantão”, que teriam prejudicado a escola.
A Unidos de Padre Miguel e a Mocidade, por sua vez, apontaram que o julgamento foi feito com base no chamado “peso de bandeira”, isto é, os jurados teriam usado medidas diferentes para avaliar as duas agremiações.