ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O penúltimo mês do ano trouxe um leve aumento do número de endividados em Cuiabá. São 175,8 mil famílias com dívidas parceladas, o que representa 84,7% do total na capital. A variação sobre o mês anterior é de apenas 0,3 ponto percentual para mais e está 4,8 pontos percentuais menor no comparativo com novembro de 2023, quando mais de 183,6 mil famílias se encontravam nesta situação.
A situação na capital, segundo levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra que 44,7% das famílias estão pouco endividadas, 32,2% mais ou menos endividadas e apenas 7,8% muito endividadas. O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, ressalta a importância da divulgação dos dados para nortear as ações dos empresários na tomada de decisões.
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“A verificação do endividamento e da inadimplência é importante para compreender as tendências de gastos das famílias e, por consequência, do aquecimento econômico, assim como entender se elas estão tendo condições de arcar com as dívidas. A pesquisa auxilia os comerciantes a tomarem as melhores decisões à frente dos seus negócios”, disse Wenceslau Júnior.
Quanto aos principais tipos de dívidas, o cartão de crédito se destaca com 80%, seguido dos carnês com 26,7%. Financiamentos de carro e casa representam 5,6% e 4,2% das ocorrências, respectivamente, seguido do crédito pessoal com 3,8% e crédito consignado com 3,2%. Cheque especial apresenta 1,3% dos tipos de dívidas.
Conforme análise do Instituto de Pesquisa da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), apesar de observar um leve aumento no número de famílias com contas em atraso, passando de 36,7 mil em outubro para 38,9 mil em novembro, verifica-se uma queda considerável no comparativo anual. Em novembro do ano passado, eram 44,7 mil famílias em situação de inadimplência, um recuo de 13% no período.
Para a quitação das dívidas em atraso, 38% acreditam quitar parcialmente no próximo mês e 35,7% acham que quitarão totalmente. Três em cada dez famílias na capital passam de três a seis meses comprometidos com dívidas.
“O aumento no número de famílias endividadas é comum neste período do ano, o que acaba elevando o índice de inadimplência. Ainda assim, observa-se uma diminuição considerável de inadimplentes, o que reflete em uma melhor condição das famílias cuiabanas em arcar com as dívidas”, finaliza o presidente da Fecomércio-MT.
Em nível nacional, a proporção de endividados também aumentou, passando de 76,9% no mês de outubro para 77% em novembro. Essa alta reflete o maior uso do crédito para compras de fim de ano, mas também aponta uma gestão mais cautelosa do orçamento, uma vez que o índice nacional atingiu o menor nível, desde novembro de 2021, de famílias que se consideram muito endividadas, que caiu para 15,2%.
O Sistema S do Comércio, composto pela Fecomércio, Sesc, Senac e IPF em Mato Grosso, é presidido por José Wenceslau de Souza Júnior. A entidade é filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que está sob o comando de José Roberto Tadros.