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02 de Julho de 2024, 13h:47 A- A+

Geral / SAFRA 2023/24

Brasil ultrapassa Estados Unidos e se torna o maior exportador mundial de algodão

O país comercializou 2,6 milhões de toneladas da pluma para o mercado internacional na safra 2023/2024

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

A conquista do Brasil em se tornar o maior exportador mundial de algodão, superando os Estados Unidos pela primeira vez na safra 2023/2024, é um marco significativo para o setor agrícola do país. A exportação de 2,6 milhões de toneladas da pluma demonstra a capacidade e competitividade do Brasil no mercado internacional.

Apesar dessa conquista, a liderança não é definitiva. É provável que Brasil e EUA continuem em uma competição acirrada, alternando-se no topo do ranking de exportação de algodão nos próximos anos. Essa dinâmica pode ser influenciada por diversos fatores, como condições climáticas, políticas comerciais, investimentos em tecnologia agrícola e a demanda global pelo produto.

A safra atual do Brasil, com uma previsão de colheita de cerca de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado, reforça a importância do país no cenário global de exportação de algodão. Com 60% dessa produção já comercializada, o Brasil demonstra eficiência e capacidade de atender à demanda internacional.

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, destaca que a liderança no fornecimento mundial da pluma é um marco histórico. No entanto, ele enfatiza que a meta principal não é apenas alcançar essa posição, mas sim aperfeiçoar continuamente os processos produtivos.

”A liderança no fornecimento mundial da pluma é um marco histórico, mas não é uma meta em si. Trabalhamos para aperfeiçoar nossos processos, incrementando qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade”, explica o presidente da Abrapa.

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Há pouco mais de duas décadas, o Brasil era o segundo maior importador mundial. “Essa guinada se deve a muito trabalho e investimento na reconfiguração total da atividade, com pesquisa, desenvolvimento científico, profissionalismo e união”, afirma Schenkel.

Porém, garantir a liderança no próximo ano dependerá da safra americana, que tende a ser maior que a de 2023.

O aumento da produção traz desafios para a indústria têxtil nacional, cujo consumo está estagnado em 700-750 mil toneladas. A Abit e a Abrapa discutem caminhos para aumentar a produção de fios e tecidos no país para 1 milhão de toneladas ao ano.

Presente à reunião, o presidente da diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, afirma que a entidade e a Abrapa discutem caminhos para aumentar a produção de fios e tecidos no país, para um milhão de toneladas ao ano.

“É preciso fazer acontecer. E uma das primeiras condições é estimular o consumo no ponto de venda. A nossa indústria tem sofrido ataques recorrentes das importações de países que nem sempre concorrem lealmente conosco. São origens que têm custos mais baixos, menos impostos, juros mais competitivos. Não é uma agenda simples, mas acredito que podemos trabalhar com ênfase na sustentabilidade, no respeito ao meio ambiente, em energia limpa e em certificação”, diz Pimentel. Contudo, ele acrescenta que esta não é uma jornada instantânea. “Vai exigir muita dedicação, estratégia e uma boa execução”, conclui.

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