PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Estado de Goiás vem se destacando como o maior produtor de trigo no Centro-Oeste, com uma produção de mais de 234 mil toneladas na safra de 2024, abrangendo 110 mil hectares, de acordo o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Com uma produtividade média de 2,1 toneladas por hectare, o estado responde por 75,7% da produção de trigo da região. Esse desempenho coloca Goiás como o maior produtor de trigo fora das tradicionais regiões Sul e Sudeste, onde o clima mais frio beneficia o cultivo do grão.
A expansão da produção de trigo em Goiás reflete tanto os avanços tecnológicos quanto o desenvolvimento de variedades adaptadas ao clima local, que possibilitam a alta produtividade do grão. Essa produção crescente contribui para a indústria alimentícia e para a alimentação animal, consolidando a posição estratégica do estado no cenário agrícola brasileiro.
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Assim, embora as condições climáticas do Cerrado não sejam consideradas ideais para o cultivo do trigo, essa cultura tem registrado significativo sucesso em Goiás, superando os desafios acarretados pelas altas temperaturas da região.
Conforme explica o titular da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) Pedro Leonardo Rezende, essa expansão ocorre especialmente por intermédio da pesquisa e desenvolvimento de cultivares com maior potencial de adaptação e rendimento, com a utilização dos sistemas de sequeiro e irrigado sob pivô central.
“Aliadas ao uso de tecnologias de irrigação de ponta, a crescente demanda doméstica e a dinâmica de preços tornam o trigo uma opção extremamente atraente para a diversificação e o aumento da renda dos produtores goianos”, detalha.
Ele ressalta ainda que o suporte contínuo do Governo de Goiás ao agronegócio é fundamental para a expansão da produção não apenas do trigo, mas também das demais culturas, como soja, milho, sorgo, entre outras.
“Os investimentos em pesquisa, inovação tecnológica e apoio às práticas agrícolas não só aumentam a competitividade do estado no mercado nacional, como também fortalecem seu papel como protagonista no agronegócio brasileiro”, conclui.