PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Com um espectro clínico amplo, a dengue pode se manifestar de diversas maneiras no indivíduo, desde a ausência de sintomas até casos mais graves que incluem hemorragias. É fundamental estar atento aos primeiros sinais vírus transmitido pelo Aedes aegypti para garantir um tratamento adequado e evitar complicações.
É importante buscar atendimento médico ao apresentar sintomas suspeitos de dengue, especialmente se você vive em uma área onde a doença é endêmica ou se houve surtos recentes relatados na sua região. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem ajudar a reduzir o risco de complicações graves associadas à dengue. Além disso, medidas de prevenção, como o controle do vetor - o mosquito Aedes aegypti - o uso de repelentes e a eliminação de criadouros do mosquito, também são essenciais para reduzir a incidência da doença.
Em geral, a dengue é dividida em fase febril, referente aos primeiros dias de manifestação da arbovirose, e fase crítica, que costuma ocorrer após o quinto dia de sintomas. De acordo com a médica infectologista Mariana Croda, quanto mais desenvolvida a doença no organismo do paciente, maiores as complicações e a dificuldade para revertê-las. Por isso, o reconhecimento precoce é imprescindível nesse momento.
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Entre os sintomas mais comuns da dengue estão febre, dor no corpo, fraqueza extrema e cansaço, dor de cabeça e dor atrás dos olhos. Manchas na pele e sangramentos de gengiva, nariz ou aumento do fluxo menstrual também podem ocorrer ocasionalmente.
A infectologista informa que monitorar os sinais de alerta como sangramentos, dores abdominais, tonturas e vômitos é essencial após a identificação dos sintomas.“Há uma resposta inflamatória intensa que pode manifestar-se nas formas mais graves como sangramentos e perda do líquido dos vasos para abdômen e pulmão”.
Segundo a enfermeira da Gerência de Doenças Endêmicas da SES (Secretaria de Estado de Saúde) de Mato Grosso do Sul, Bianca Modafari Godoy, a doença pode atingir todas as idades, com gravidade e impactos que podem variar. Além disso, crianças, idosos e pessoas com sistema imunológico vulnerável representam os grupos mais afetados pela dengue.
“Isso ocorre porque esses grupos podem ter mais dificuldade em lidar com a infecção e desenvolver complicações graves devido à resposta do sistema imunológico e a capacidade de combater o vírus limitada”.
Tratamento adequado
Combinado a hidratação e repouso, o acompanhamento médico é essencial para o tratamento da dengue, desde os primeiros sintomas até a recuperação completa do paciente. De acordo com Bianca Modafari Godoy, o indivíduo deve procurar a unidade de saúde mais próxima em caso de dois ou mais sintomas identificados.
“É importante ressaltar que não deve se automedicar, pois caso faça uso de anti-inflamatórios como aspirinas pode piorar a coagulação sanguínea e consequentemente o estado de saúde, já que a dengue pode causar hemorragia. O manejo clínico do paciente é essencial para monitorar e tratar os sintomas conforme necessário”.