DA REDAÇÃO
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), acontece só em novembro de 2025, mas o setor produtivo e a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) já traçam planos para a participação de Mato Grosso no evento. A reunião entre a Frente Parlamentar da Agropecuária de Mato Grosso (FPA-MT) e o Fórum Agro MT, contou com a participação da assessora de assuntos internacionais da Casa Civil de Mato Grosso e do secretário de Desenvolvimento Econômico para a elaboração de um plano sobre a participação do Estado na COP 30.
O deputado e coordenador da FPA-MT, Dilmar Dal Bosco, pontuou que esse já é o momento para o setor produtivo e o legislativo definirem como será a participação de Mato Grosso no evento, e achar a melhor forma de exaltar as ações sustentáveis do setor produtivo no estado.
“Nossos produtores e nosso parlamento têm histórico invejável quando o assunto é conservação ambiental. Nenhum país no mundo consegue preservar e produzir com tanta eficiência como aqui, e isso tem que ser mostrado. É uma oportunidade enorme para acabarmos com a falácia sobre o agronegócio brasileiro e reforçar a verdade sobre a nossa produção sustentável”, explicou.
A assessora de assuntos internacionais da Casa Civil de Mato Grosso, Rita Chiletto, endossou o posicionamento do parlamentar e reforçou que o evento é um espaço para o Estado ter suas experiências de sucesso destacadas com projetos que estimulam a preservação.
“É um momento em que os olhares do mundo estarão voltados para o Brasil e para Mato Grosso, então nós poderemos mostrar como somos de fato, sem informações transversais que muitas vezes são cobertas por outros interesses e nossa imagem fica diluída e equivocada”, pontuou.
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Lei do Pantanal
Ainda durante a reunião, os parlamentares também discutiram sobre pautas de interesse do setor produtivo, como a implementação da Lei do Pantanal, que viabiliza a pecuária extensiva no Pantanal de Mato Grosso. A normativa havia sido sancionada pelo governo de Mato Grosso em setembro, após acordo envolvendo Ministério Público estadual, no entanto, a nova lei foi alvo de uma ação de inconstitucionalidade, ainda sem julgamento.
O deputado estadual e presidente da Comissão de Meio Ambiente da ALMT, Carlos Avallone pontuou que a ação não leva em conta o fato de que a norma é fruto de um estudo técnico realizado pela Embrapa Pantanal, e de um amplo debate promovido pela ALMT com os principais agentes que atuam no ecossistema pantaneiro.
“A saída do homem pantaneiro do Pantanal foi o que causou os maiores problemas no Bioma. E, portanto, nós contratamos a Embrapa num projeto para ela fazer uma estudo que a gente pudesse dar viabilidade econômica para que o Pantaneiro continuasse cuidando do Pantanal de maneira sustentável, como ele fez durante os últimos 300 anos. Tirar o Pantanal das mãos dos pantaneiros aumenta as chances de desastres no Bioma”, defendeu Avallone.
O presidente do Fórum Agro MT, Itamar Canossa fez um balanço das ações entre o setor produtivo e a FPA ao longo de 2024. “Foi mais um ano de muito trabalho e que conseguimos trazer para discussão temas relevantes do setor produtivo. A suinocultura conseguiu um aumento no Proder, a questão da moratória da soja e da carne foi amplamente debatida aqui, assim como o Fethab da fêmea bovina que ainda estamos discutindo sobre o seu percentual, tudo isso graças ao bom trabalho conduzido ao lado da FPA e dos seus parlamentares”.