Durante a operação, as fiscalizações se concentraram em grandes propriedades rurais nos municípios de Cláudia, Itaúba, Santa Carmem, União do Sul e Marcelândia, todos localizados no norte de Mato Grosso. Como resultado das ações, diversos equipamentos usados em práticas ilegais foram apreendidos, incluindo uma retroescavadeira, um trator e motosserras. Além das apreensões, foram aplicadas multas que somaram aproximadamente R$ 24 milhões, evidenciando o impacto financeiro das atividades de combate aos crimes ambientais na região, como o desmatamento e o uso irregular de fogo.
Também foi constatado que uma das propriedades vistoriadas já estava embargada, ou seja, proibida de realizar qualquer tipo de atividade econômica ou de intervenção no meio ambiente. Apesar disso, os funcionários da fazenda foram flagrados utilizando maquinário no local, evidenciando o descumprimento do embargo.
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A operação revelou diversos danos ambientais significativos nas propriedades fiscalizadas. Entre as irregularidades constatadas, estavam: a construção de poços sem autorização; desbaste em corpos hídricos, comprometendo a qualidade da água; o uso de retroescavadeiras para desvio de áreas de preservação permanente, que são essenciais para a proteção da biodiversidade; incêndios em florestas nativas, que representam uma grave ameaça aos ecossistemas e o corte de árvores nativas com motosserras, todas essas atividades realizadas sem a devida licença ambiental.
Além disso, em outra propriedade, foi identificado o crime de provocar incêndio em floresta, onde uma grande área apresentava leiras carbonizadas e outras áreas ainda em combustão ativa. Essas queimadas foram resultantes de práticas inadequadas de "limpeza de área".
Os responsáveis pelas irregularidades constatadas durante a Operação Amazônia 2024 enfrentarão sérias consequências legais. Eles responderão pelos seguintes crimes:
1- Utilização de motosserra em florestas sem licença: Atividade que requer autorização específica para evitar danos ao ecossistema.
2- Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas: Essa prática compromete a biodiversidade e a saúde ambiental da região.
3- Destruir ou danificar vegetação fixadora de dunas ou protetora de mangues: Estas áreas são essenciais para a proteção de ecossistemas vulneráveis e a mitigação de impactos ambientais.
4- Causar dano significativo ao meio ambiente: Qualquer ação que cause prejuízo ao meio ambiente pode resultar em penalidades severas.
5- Destruir ou danificar floresta de preservação permanente: Essas áreas são vitais para a conservação da biodiversidade e precisam ser protegidas rigorosamente.
6- Provocar incêndio em mata ou floresta de maneira culposa: Incêndios florestais, especialmente os provocados de forma culposa, representam um risco grave para o meio ambiente e a segurança pública.