ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O perito criminal Manoel Messias afirmou que a adolescente Heloysa Maria de Alencastro de 16 anos, foi estrangulada com um cabo de celular por um dos suspeitos do crime antes de ser "jogada" já sem vida em poço. Segundo o profissional, as marcas no pescoço da vítima indicaram que ela tentou reagir, mas não teve forças.
Segundo Messias, a jovem não foi jogada no local, mas sim descida com o auxílio de um objeto, possivelmente um arame farpado. Por ter sido ocultado o corpo de forma menos agressiva, indica que os responsáveis tinham algum tipo de vínculo com a vítima.
“A ação não aconteceu ali. Como disse, ela chegou já sem vida, mas visivelmente uma pessoa, com o uso do cabo USB de celular, por trás, desenvolveu a ação. Havia marcas de 'suco' no pescoço, condizentes com o cabo que encontramos em outra residência no bairro”, afirmou em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (23). Ele acrescentou que documentos da vítima também foram localizados na casa de um dos suspeitos.
A perícia revelou que a menor lutou para escapar, mas foi pega pelas costas. O mesmo tipo de cabo foi localizado em uma residência no mesmo bairro onde o corpo foi encontrado, o que reforça a suspeita de que o crime foi premeditado e executado por alguém próximo à vítima.
“Ela foi enforcada com o cabo. Houve uma reação, tanto que o cabo oscilou verticalmente no pescoço. Ela tentou se desvencilhar, mas não conseguiu. Há uma continuidade do instrumento utilizado, com aproximadamente 4 cm de falta de continuidade, o que indica que a pessoa que realizou o estrangulamento estava por trás”, explicou o perito.
Nas imediações do local onde o corpo foi encontrado, a equipe técnica localizou uma cerca de arame farpado com um pequeno fragmento de tecido. O material é compatível com o lençol que teria sido utilizado para o transporte da jovem.
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Além disso, o perito confirmou que Heloysa já estava morta quando foi descartada em um poço no bairro Ribeirão do Lipa, em Cuiabá, e detalhou que os suspeitos a desceram com o auxílio de um instrumento, mas o corpo acabou caindo.
“Esse corpo não foi jogado do ponto mais alto, mas ela foi descida até lá. Depois, o instrumento que foi utilizado rompeu, causando a queda de aproximadamente 2 a 3 metros, o que resultou em uma lesão no pé direito. Essa lesão é pós-morte, ou seja, a vítima já estava sem vida quando chegou ao local.”