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Polícia Terça-feira, 18 de Março de 2025, 08:38 - A | A

18 de Março de 2025, 08h:38 A- A+

Polícia / OPERAÇÃO "SISAMNES"

Advogado de Tocantins é alvo da PF; celular do advogado morto em Cuiabá faz parte da operação

A decisão é assinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (18), nova fase da Operação Sisamnes com o objetivo de investigar crimes de obstrução de justiça, violação do sigilo funcional e corrupção ativa e passiva.

Segundo as investigações, foi identificada uma rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça, frustrando, assim, a efetividade das deflagrações das operações policiais.

 

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Assim, por determinação do Supremo Tribunal Federal, policiais federais cumprem um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, no Tocantins, além das medidas de afastamento das funções públicas, proibição de contato e saída do país, e recolhimento de passaportes.

Este é um desdobramento da Operação Sisamnes que investiga crimes de obstrução de justiça, violação do sigilo funcional, corrupção ativa e passiva.

Um dos alvos é um advogado que atua como assessor jurídico do Ministério Público do Tocantins (MPTO), lotado no gabinete de um procurador de justiça. Mandados estão sendo cumpridos na sede do órgão, em Palmas, e nos endereços dos investigados

A decisão é assinada pelo ministro do Superior Tribunal Federal Cristiano Zanin. Conforme apurado,  a operação investiga a suposta participação de advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados no suposto esquema.

Além dos mandados, foram expedidas medidas de afastamento das funções públicas, proibição de contato e saída do país, e recolhimento de passaportes.

 

Segundo a PF, foi identificada uma rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça. O vazamento das informações acabava frustrando o andamento de operações policiais.

A investigação começou em 2023, após a polícia identificar mensagens no celular de um advogado assassinado em Mato Grosso. As mensagens tratavam de uma suposta compra de sentenças. O caso foi remetido ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que acionou a Polícia Federal.

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