PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, através do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou a 2ª fase da Operação Successione, na manhã desta quarta-feira (20), para o cumprimento de 12 mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, em Campo Grande (MS).
De acordo com o MPMS, após o avanço dos trabalhos de investigação, a partir do material apreendido durante a Operação Sucessione, deflagrada no dia 5 de dezembro de 2023, além de outras diligências, revelou o envolvimento de várias outras pessoas na organização criminosa. Na primeira fase da operação foram cumpridos 10 mandados de prisão e de 13 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande (MS) e Ponta Porã (MS). O major da reserva da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Gilberto Luiz dos Santos, e o sargento Manoel José Ribeiro foram presos.
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Segundo o MPMS, "a organização criminosa, que age de maneira violenta para estabelecer seu domínio, mesmo depois da ação policial ocorrida em outubro de 2023, continuou a investir na aquisição de máquinas para operar o jogo do bicho nesta Capital".
O grupo de criminosos é integrado por policiais militares da reserva e um ex-policial militar que foi excluído dos quadros da corporação, que aproveitam do poder do cargo na segurança pública, especialmente do porte de arma de fogo, como forma de ameaçar e dominar a exploração do jogo ilegal aos mandos e desmandos da organização criminosa, tudo para tornar Campo Grande novo território sob seu comando.
Conclusão da investigação
Ao final desta fase da investigação, o GAECO concluiu que 15 pessoas, todas denunciadas no final da tarde desta terça-feira (19), integravam organização criminosa armada, estruturalmente ordenada e com divisão de tarefas, voltada à exploração ilegal do jogo do bicho, roubos triplamente majorados, corrupção, entre outros crimes graves.
O nome da operação faz alusão à disputa pela sucessão do controle do “jogo do bicho” em Campo Grande, com a chegada de outros grupos criminosos que migraram para a capital após a “Operação Omertà”.