PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
A Polícia Civil, através das investigações da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Rondonópolis descobriu que um motorista de aplicativo simulou um roubo na madrugada de quinta-feira (3). O motorista teria inventado a ocorrência para justificar o descumprimento de um contrato com uma empresa. Agora, ele responderá a um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por falsa comunicação de crime. Esse tipo de conduta é considerada crime, pois desvia recursos e atenção das autoridades de situações reais.
As investigações iniciaram após a vítima comparecer à Derf para registrar o boletim de ocorrência de roubo, em que relatou que trabalha como motorista de aplicativo e que durante a madrugada, foi acionado para uma corrida, em que dois suspeitos armados com faca, o abordaram e anunciaram o assalto.
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De acordo com o motorista, os suspeitos subtraíram o seu veículo, um tablet e o seu aparelho celular e posteriormente o deixaram na estrada no sentido de Pedra Preta. Pouco após deixar a delegacia, o comunicante entrou novamente em contato com a unidade policial, para informar que havia localizado o veículo.
Durante a apuração dos fatos, os policiais descobriram que a placa do carro informada pela suposta vítima era inexistente e chamaram o motorista para comparecer a delegacia para passar mais detalhes sobre o roubo.
Na conversa com os policiais, o motorista apresentou várias contradições, até o momento em que decidiu confessar que havia inventado os fatos. Ele alegou possuía um contrato com uma empresa para buscar funcionários por volta de 04 horas da madrugada para levá-los para o serviço, porém nesta data, havia perdido o horário e acordado por volta das 06 horas, por isso inventou a situação de roubo para justificar a sua falta.
Diante das evidências, a Polícia Civil de Rondonópolis lavrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra o motorista de aplicativo por falsa comunicação de crime. Ele assumiu o compromisso de comparecer ao Juizado Especial Criminal para responder pelos fatos.
O delegado Santiago Rozendo, titular da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Rondonópolis, destacou a seriedade da falsa comunicação de crime, afirmando que essa prática prejudica investigações de casos graves e gera custos ao estado, além de desviar a atenção de crimes que envolvem vítimas reais.
“A Polícia Civil alerta que a falsa comunicação perante os órgãos policiais é crime e atrapalha o andamento de investigações de casos importantes e de crimes graves, trazendo grande prejuízo ao estado e às pessoas que realmente foram vítimas de crime”, disse o delegado Santiago Rozendo, titular da Derf Rondonópolis.