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Polícia Segunda-feira, 20 de Janeiro de 2025, 16:40 - A | A

20 de Janeiro de 2025, 16h:40 A- A+

Polícia / EM PEIXOTO DE AZEVEDO

Pecuarista acusada de matar idosos e deixar padre ferido recorre para não ir a júri popular

A pecuarista Inês Gemilaki, acusada de envolvimento em um duplo homicídio em Peixoto de Azevedo, em abril de 2024, entrou com um recurso para tentar anular a sentença de pronúncia que a enviou a julgamento pelo Tribunal do Júri

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

A pecuarista Inês Gemilaki, acusada de envolvimento em um duplo homicídio em Peixoto de Azevedo, em abril de 2024, entrou com um recurso para tentar anular a sentença de pronúncia que a enviou a julgamento pelo Tribunal do Júri. O recurso foi protocolado pela defesa de Inês no último sábado (18). A acusada será julgada junto com seu filho, o médico Bruno Gemilaki Dal Poz, e outras pessoas que também tiveram participação no crime.

De acordo com a defesa de Inês Gemilaki, o duplo homicídio teria sido motivado por uma cobrança de dívida que a família de Inês considerava indevida. A dívida teria sido atribuída ao garimpeiro Erneci Afonso Lavall, conhecido como "Polaco". Segundo os relatos, o conflito teria escalado quando Lavall supostamente mobilizou integrantes de uma organização criminosa para realizar a cobrança da dívida de forma extrajudicial, o que teria gerado a situação de violência.

No caso, Bruno Gemilaki, o médico acusado de participação no duplo homicídio, alega que foi denunciado por supostamente colaborar com os crimes, enquanto sua mãe, Inês Gemilaki, foi apontada como a executora principal. A defesa de Bruno entrou com um pedido de reforma da sentença, buscando que ele seja impronunciado, ou seja, que a acusação contra ele seja reconsiderada e ele não seja enviado a julgamento pelo Tribunal do Júri.

Já a defesa de Inês, apesar de ter protocolado o recurso, ainda não apresentou os argumentos completos que fundamentam esse pedido de anulação da sentença de pronúncia.

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Homicídios Qualificados

 

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Inês Gemilaki, seu filho Bruno Gemilaki Dal Poz, e Eder Gonçalves Rodrigues, cunhado de Inês e operador de máquinas, foram acusados de quatro homicídios qualificados. Dois desses homicídios foram consumados e dois tentados. As vítimas fatais foram os idosos Pilso Pereira da Cruz e Rui Luiz Bogo, enquanto José Roberto Domingos e Erneci Afonso Lavall sobreviveram aos disparos.

O crime ocorreu no dia 21 de abril de 2024, quando, conforme a acusação, o trio invadiu a residência de Erneci Afonso Lavall durante uma confraternização e efetuou vários disparos de arma de fogo. O ataque foi, segundo o Ministério Público, planejado de forma a dificultar a defesa das vítimas.

Além das acusações de homicídios, o Ministério Público também pediu que fosse fixada uma indenização mínima de R$ 2 milhões para reparar os danos causados às vítimas e seus familiares.

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