PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
A pecuarista Inês Gemilaki, acusada de envolvimento em um duplo homicídio em Peixoto de Azevedo, em abril de 2024, entrou com um recurso para tentar anular a sentença de pronúncia que a enviou a julgamento pelo Tribunal do Júri. O recurso foi protocolado pela defesa de Inês no último sábado (18). A acusada será julgada junto com seu filho, o médico Bruno Gemilaki Dal Poz, e outras pessoas que também tiveram participação no crime.
De acordo com a defesa de Inês Gemilaki, o duplo homicídio teria sido motivado por uma cobrança de dívida que a família de Inês considerava indevida. A dívida teria sido atribuída ao garimpeiro Erneci Afonso Lavall, conhecido como "Polaco". Segundo os relatos, o conflito teria escalado quando Lavall supostamente mobilizou integrantes de uma organização criminosa para realizar a cobrança da dívida de forma extrajudicial, o que teria gerado a situação de violência.
No caso, Bruno Gemilaki, o médico acusado de participação no duplo homicídio, alega que foi denunciado por supostamente colaborar com os crimes, enquanto sua mãe, Inês Gemilaki, foi apontada como a executora principal. A defesa de Bruno entrou com um pedido de reforma da sentença, buscando que ele seja impronunciado, ou seja, que a acusação contra ele seja reconsiderada e ele não seja enviado a julgamento pelo Tribunal do Júri.
Já a defesa de Inês, apesar de ter protocolado o recurso, ainda não apresentou os argumentos completos que fundamentam esse pedido de anulação da sentença de pronúncia.
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Homicídios Qualificados
O crime ocorreu no dia 21 de abril de 2024, quando, conforme a acusação, o trio invadiu a residência de Erneci Afonso Lavall durante uma confraternização e efetuou vários disparos de arma de fogo. O ataque foi, segundo o Ministério Público, planejado de forma a dificultar a defesa das vítimas.
Além das acusações de homicídios, o Ministério Público também pediu que fosse fixada uma indenização mínima de R$ 2 milhões para reparar os danos causados às vítimas e seus familiares.