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Política e Eleições Sexta-feira, 01 de Novembro de 2024, 07:40 - A | A

01 de Novembro de 2024, 07h:40 A- A+

Política e Eleições / COLAPSO ENTRE PODERES

Drº João defende mesma chapa em caso de nova eleição da Mesa Diretora e teme trairagem: "Aqui vai ficar pior que a casa dos horrores”

A possibilidade de uma nova eleição para definir a Mesa Diretora que assumirá o comando do Legislativo de Mato Grosso a partir de fevereiro de 2025 tem movimentados bastidores do Legislativo de Mato Grosso desde o final da tarde de ontem (30)

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

Em caso de nova eleição para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Dr. João (MDB), que foi eleito em agosto passado primeiro-secretário para o próximo biênio, defende que seja apresentada a mesma chapa. Para ele, mudança na composição da chapa que já foi chancelada pelo Parlamento Estadual devido ao resultado das eleições municipais, seria “trairagem”.

No inicio desta tarde de quinta-feira (31), Dr. João atendeu a imprensa em seu gabinete, para falar sobre a questão da ação da PGR sobre o cancelamento da antecipação da eleição da mesa diretora da ALMT biênio 2025/2026.

Possível trairagem na ALMT pode levar a “Guerra de Poder e vaidade”, afirma Doutor João escolhido primeiro secretário na chapa de Max Russi,: "Aqui vai ficar pior que a casa dos horrores”.

O deputado estadual Doutor João (MDB), escolhido primeiro secretário da chapa liderada por Max Russi (PSB), expressou sua preocupação com a possibilidade de um colapso na harmonia da Casa. O cenário, segundo ele, se agrava com o pedido de anulação da eleição, movido pela Procuradoria Geral da República (PGR), movida nesta quarta-feira (30).

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Doutor João alertou que, caso seja comprovado que o pedido da PGR foi incitado por algum deputado estadual, a Assembleia Legislativa poderá enfrentar uma “guerra de poder, vaidade, e ego, por conta da disputa”.

“Na minha concepção, eu falei com o deputado Max, e de nós apresentarmos a mesma chapa, acontecer o que aconteceu em Manaus, no Amazonas, colocaram a mesma chapa que foi vitoriosa. A nossa chapa foi eleita por unanimidade, tivemos o voto de todos os deputados da Assembleia. Então, não tem como em um mês mudar ou colocar nomes. Nós temos uma chapa muito bem formada, muito bem discutida, organizada, um consenso grande. Vamos colocar a chapa novamente, sem problema nenhum”, disse.

Questionado sobre a possibilidade de os deputados derrotados nas eleições municipais deste ano manifestarem interesse em ocupar algum cargo na Mesa Diretora a partir do próximo ano, Drº João condena e afirma que isso irá manchar a imagem da Assembleia.

Ele afirmou que, se houver essa “trairagem” entre colegas, a convivência até agora harmoniosa, se transformará em um confronto, que pode chegar a ser mais caótico que a “Casa dos Horrores”, como já é conhecida a Câmara Municipal de Cuiabá.
 
“Se acontecer uma situação dessa é uma extrema trairagem. A imagem da Assembleia, na minha opinião vai ser arranhada, porque foi feita uma coisa de consenso pensando na Assembleia, não em quem ia ganhar ou perder a eleição municipal”. Vai ser uma situação deprimente para o nome da Assembleia Legislativa”, desabafou.

“A nossa chapa foi eleita por unanimidade. Então nós tivemos o voto de todos os deputados aqui da Assembleia. E acho que não tem como na diferença de um mês alterar nomes”, destacou.

O deputado emedebista teme que seu nome não seja escolhido, numa possível formação de uma nova chapa como primeiro secretario, caso a eleição antecipada seja cancelada a pedido da PRG.

Em análise pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a antecipação da eleição da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Mato Grosso (ALMT), para 2025, que ocorreu neste ano antes das eleições municipais vive um momento de incerteza e tensão política por parte dos parlamentares estaduais, após derrota nas urnas do atual presidente Eduardo Botelho (União), e ainda de Lúdio Cabral (PT) e Tiago Silva (MDB).

Vale lembrar, contudo, que a eleição da Mesa Diretora da Asembleia Legislativa ocorreu antes das eleições municipais e três parlamentares saíram derrotados do pleito. 

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