ELIS RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O governador Mauro Mendes em entrevista à rádio CBN, resolveu radicalizar e sugeriu que além de colocar câmeras nas fardas policiais de Mato Grosso, ele concordaria também em adotar a medida se também puder colocar câmeras nos políticos, juízes, desembargadores e membros do Ministério Público.
Diante disto, a Secretaria de Estado de Comunicação resolveu esclarecer que governador Mauro Mendes não atacou a magistratura estadual ou qualquer outra categoria, fato que fica evidente em sua declaração.
Ele falou de forma genérica que casos de erros cometidos por profissionais da segurança podem ocorrer, mas tambem em diversas profissões e na classe política - a qual o próprio governador pertence.
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Infelizmente, a frase foi interpretada de forma equivocada, pois circulou uma versão com corte. Segue a íntegra da fala do governador e o vídeo em anexo.
"Quando a gente discute esse negócio das câmeras aí, das fardas, botar câmeras nas fardas policiais. Se nós vamos botar câmeras porque um ou dois policiais, ou um por cento, dois por cento, comete alguma coisa errada, vamos colocar a câmera em todo mundo, para vigiar todo mundo, então tá bom. Vamos colocar a câmera em todos os políticos, em todos os governadores, em todos os prefeitos, em todos os deputados estaduais. Ei, mas tem juiz que também vende sentença, foi flagrado vendendo sentença, desembargador vendendo sentença. Então vamos botar câmera em todos os juízes, em todos os desembargadores. Ei, tem gente do Ministério Público também, então vamos colocar câmera em todo mundo do Ministério Público. Então, existem umas discussões às vezes, que elas são muito atravessadas, né?"
Crédito - Lucas Rodrigues/Secom-MT
É importante frisar, que em entrevista na Rede Nacional, o governador Mauro Mendes defendeu "leis mais duras e inteligentes" para reduzir a criminalidade no país, ao invés de discutir o uso ou não de câmeras nas fardas da Polícia Militar.
Mauro recordou que, nos últimos 40 anos, os principais indicadores de Segurança Pública pioraram no Brasil, em especial o de homicídios.
Entre as medidas eficientes defendidas por Mauro Mendes está o endurecimento da pena para aqueles que cometem o crime de receptação de produtos roubados. "Nós temos que desestruturar as cadeias de crime no Brasil. Há milhões de pessoas roubando celular. Agora, deveriam prender e colocar 40, 50 anos na cadeia aquele que recepta produto roubado. Se o cara que rouba não tiver pra quem vender, pra quê vai roubar? Então isso seria desmantelar o crime por dentro", opinou.