ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL) revelou que está avaliando a possibilidade de comprar o Hospital Estadual Santa Casa, que atualmente é gerido pelo Governo de Mato Grosso.
Segundo o gestor municipal, a unidade é avaliada em pouco mais de R$ 25 milhões e a ideia é alternativa melhor do que manter o funcionamento do Hospital São Benedito, que, conforme o gestor, ‘fisga’ R$ 200 mil mensais em aluguel.
Abilio comentou sobre o interesse do presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Max Russi (PSB), em angariar recursos para auxiliar na Saúde da capital.
Abilio revelou ter dito em conversa com o deputado que está analisando junto a uma desembargadora da Justiça do Trabalho a compra do imóvel da Santa Casa, atrelado à quitação de salários atrasados de servidores.
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“Falei da possibilidade da gente assumir a Santa Casa, mas a gente precisa comprar a Santa Casa. Eu estou conversando com a desembargadora da Justiça do Trabalho para vermos algumas propostas entre governo do estado e município. Que se a gente comprar a Santa Casa ajuda a pagar aqueles trabalhadores que tiveram prejuízo naquela época e também a gente tenta ter mais uma unidade para substituir as outras unidades que não estão em boa condição. Como é o caso do São Benedito, uma unidade que não está em boas condições, pagamos R$ 200 mil de aluguel e dava para substituir por outra unidade”, disse durante coletiva de imprensa na última sexta-feira (28).
O Hospital Santa Casa esteve nos holofotes da mídia na semana passada e depois que a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) determinou o fechamento do Pronto Atendimento (PA) pediátrico da unidade por duas vezes, em razão da superlotação por conta do surto de casos de arboviroses em crianças. A justificativa se deu visando ‘melhor atendimento daqueles que já estavam internados no local’.
Fato que gerou discussão entre a classe política. De um lado, alguns defendiam que o Estado e Prefeitura firmassem parceria para garantir total manutenção do atendimento especializado. De outro, como é o caso do deputado estadual e presidente da Comissão de Saúde da ALMT, Paulo Araújo, responsabilizou o município pel superlotação do hospital.
Ocorre que até 2019, a Santa Casa atuava como unidade filantrópica, no entanto, em meio à crise, a unidade chegou a fechar as portas. Momento em que o governo estaduaç requisitou administrativamente os bens do local.
Na época, cerca de 800 funcionários do hospital estavam com seis salários em atraso. Montante que, de acordo com levantamento do Tribunal Regional de Trabalho (TRT-MT), feito em janeiro de 2025, está em R$ 52 milhões.
