ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O secretário de Saúde de Cuiabá, Deiver Teixeira, o secretário adjunto de Gestão, Marcus Fabrício e o procurador-geral do Município, Benedito Calix, juntamente com a equipe técnica do antigo Pronto-Socorro participaram na manhã desta quarta-feira (06) de uma reunião na Câmara de Cuiabá com a empresa responsável pela realização das cirurgias eletivas no antigo Pronto-Socorro de Cuiabá.
A reunião tinha por objetivo determinar um caminho a seguir depois que a realização das cirurgias eletivas foi paralisada por iniciativa da empresa contratada para o serviço. R$ 30 milhões em emendas destinadas aos procedimentos estão em jogo.
O encontro foi esclarecedor, resultando na decisão de retomar as atividades da empresa neste mês de novembro. A reunião foi realizada a pedido do secretário Deiver, que anteriormente havia tentado, sem sucesso, agendar reuniões com o proprietário da empresa.
No dia 29, o secretário Teixeira anunciou a abertura de um chamamento público para selecionar uma nova empresa, em resposta aos problemas com a prestadora atual, que tem realizado um número de cirurgias muito abaixo do previsto e desmarcado procedimentos agendados, justificando dificuldades com sua equipe profissional.
“É importante ressaltarmos a parceria entre a Secretaria da Mesa, o Poder Executivo e o Legislativo. Queremos parabenizar toda a Casa, em nome do presidente, que sempre buscou um diálogo aberto e igualitário, promovendo a união necessária para encontrarmos soluções viáveis para a população. Hoje, tivemos uma reunião essencial, pois a Secretaria Municipal de Saúde tentou várias vezes contato com o responsável pela empresa contratada, sem sucesso. Essa falta de comunicação dificultou o atendimento das demandas, prejudicando a execução de serviços essenciais, como as cirurgias de que a nossa população precisa. Com essa reunião, conseguimos avançar e vislumbrar novas possibilidades para a empresa retomar o serviço e realizar os procedimentos. Nesse contexto, estamos comprometidos em regularizar os pagamentos pendentes, que ficaram atrasados por falta de alinhamento de informações e algumas questões processuais, tanto por parte da empresa quanto, em alguns casos, do próprio hospital,” afirmou o secretário.
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O vereador, por sua vez, analisou a reunião como positiva, mesmo criticando a não realização do mutirão de cirurgias anunciado pelo Executivo, não colocado em prática. Também citou um suposto valor que teria sobrado pela contratação da empresa SOS Serviços Médicos, responsável por realizar o mutirão, e que deveria analisar como esse recurso será empregado.
:“A reunião foi positiva, pois conseguimos esclarecer a situação. Estamos no meio de um mutirão de cirurgias, mas o número de procedimentos realizados ficou bem abaixo do acordado entre a Secretaria de Saúde, os fornecedores e a empresa SOS. Agora, temos um saldo de recursos provenientes de emendas parlamentares que não foram utilizados. Diante disso, faremos reuniões com o secretário de Fazenda e o secretário de Planejamento para definir como aplicar esses recursos remanescentes. Nosso objetivo é garantir que a próxima gestão possa utilizar esses recursos e dar continuidade ao projeto”. Ele acrescentou ainda "temos o compromisso de seguir em frente nessa luta para que esse objetivo seja finalmente alcançado, atendendo à necessidade da população”.
Em julho deste ano, os vereadores da Capital aprovaram emendas destinando R$ 30 milhões ao município para contratação de empresa que zerasse a fila de cirurgias eletivas na cidade. Uma média de 1,2 mil procedimentos deveria ser feita todo o mês, o que não ocorreu.
“Agora, vai estar sobrando recurso proveniente de emendas parlamentares e, quanto a esses recursos, nós vamos estar nos reunindo com secretários de Fazenda, Planejamento para que estejamos estabelecendo caminhos sobre o que fazer com essa sobra de recursos, para que a próxima gestão possa utilizá-lo e possa dar continuidade a esse projeto da Câmara Municipal de Cuiabá, que é o compromisso de zerar a fila de cirurgias. Que, hoje, estão próximas de 28 mil cirurgias e que não zera nunca”, apontou Chico.