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Política e Eleições Quarta-feira, 26 de Junho de 2024, 16:42 - A | A

26 de Junho de 2024, 16h:42 A- A+

Política e Eleições / SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

"Previsão é de que tanto Pantanal quanto Amazônia fiquem em seca até o fim do ano", declara presidente do Ibama

Nesta terça-feira (25), o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, em entrevista ao programa Perspectivas do SBT News, destacou preocupações alarmantes em relação ao Pantanal e à Amazônia

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

Nesta terça-feira (25), o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, em entrevista ao programa Perspectivas do SBT News, destacou preocupações alarmantes em relação ao Pantanal e à Amazônia. Ele mencionou previsões indicando que o período de seca nessas regiões pode se estender até o final de 2024. Agostinho também enfatizou que o Ibama está buscando complementar os recursos financeiros disponíveis para lidar com os desafios ambientais enfrentados, ressaltando a gravidade da situação e a necessidade de medidas urgentes para proteger esses importantes biomas brasileiros.

"Nós já temos um orçamento hoje de R$ 84 milhões, que está sendo utilizado. Nós estamos reforçando, contratando mais brigadistas, mais aeronaves, para justamente fazer o combate dos incêndios".

Segundo Rodrigo Agostinho, a estiagem prolongada pode intensificar os incêndios no bioma. Esta preocupação é fundamentada pelo fato de que períodos de seca prolongados resultam em condições mais propícias para a propagação de incêndios florestais. A falta de umidade no ar e no solo torna a vegetação mais suscetível ao fogo, aumentando o risco de grandes queimadas que podem devastar áreas extensas do Pantanal e da Amazônia.

"Nós estamos hoje com aproximadamente 15 grandes incêndios no Pantanal [...] A maior parte do fogo está concentrada no entorno de Corumbá, que é uma cidade que, infelizmente, teve altas taxas de desmatamento nos últimos anos", continuou.

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O presidente do Ibama alerta a sociedade civil que desempenha um papel fundamental na prevenção de incêndios. Ele destacou que alguns incêndios no Pantanal foram iniciados por fogueiras, pequenas chamas usadas para aquecer alimentos às margens dos rios, por exemplo. Essa prática, aparentemente inofensiva, pode facilmente escapar do controle e se espalhar rapidamente em condições de seca.

"Nós tivemos incêndios agora do Pantanal que foram originados em fogueiras, pequenas chamas ali para poder aquecer um alimento na beira de um rio", exemplificou.

A ação humana, atrelada à previsão de seca e ao aumento do desmatamento causado pela exploração agrícola, fazem do Pantanal uma "grande preocupação", segundo ponderou o gestor. "Dos seis biomas terrestres do Brasil, o bioma que mais está sofrendo com as mudanças climáticas é o Pantanal", afirmou.

Comitiva do governo federal

Na última segunda-feira (24), a ministra do Orçamento e Planejamento, Simone Tebet, anunciou que uma comitiva do governo federal visitará Corumbá (MS), uma das regiões mais afetadas pelos incêndios, nesta sexta-feira (28). A intenção da visita é realizar uma análise direta da situação no local. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também estará presente na viagem. Essa iniciativa demonstra o compromisso do governo em avaliar de perto os impactos dos incêndios e possivelmente implementar medidas efetivas para mitigar os danos ambientais no Pantanal e outras áreas afetadas.

Assista à entrevista completa

 

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