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Política e Eleições Terça-feira, 04 de Fevereiro de 2025, 07:40 - A | A

04 de Fevereiro de 2025, 07h:40 A- A+

Política e Eleições / EM MATO GROSSO

Sancionada lei que declara Grupo Flor Ribeirinha Patrimônio Cultural Imaterial de Cuiabá

O grupo, que integra a Associação Cultural Flor Ribeirinha, tem como principal objetivo preservar as tradições culturais e incentivar a sua continuidade através da formação de uma nova geração de artistas populares

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O prefeito Abilio Brunini sancionou na última quarta-feira (28), um projeto aprovado pela Câmara Municipal de Cuiabá que declara o Grupo Flor Ribeirinha Patrimônio Cultural Imaterial de Cuiabá. Agora, a nova lei nº 7.217 de 28 de janeiro de 2025, de autoria do vereador Eduardo Magalhães (Republicanos), será publicada na Gazeta Municipal, para começar a produzir efeitos.

Criado há 30 anos, o grupo de Siriri nasceu na Comunidade São Gonçalo Beira Rio, localizada no distrito do Coxipó da Ponte às margens do Rio Cuiabá. O grupo, que integra a Associação Cultural Flor Ribeirinha, tem como principal objetivo preservar as tradições culturais e incentivar a sua continuidade através da formação de uma nova geração de artistas populares.

Em outubro de 2023, o Grupo Flor Ribeirinha venceu o "Cheonan World Dance Festival", na Coreia do Sul, considerado o maior evento de dança folclórica da Ásia e o segundo maior do mundo. Foi a primeira vez que um grupo brasileiro venceu a competição.

O Grupo Flor Ribeirinha acumula outros títulos mundiais, conquistados em países como Turquia (2017), Polônia (2021) e Bulgária (2022).

Por meio da Associação Cultural Flor Ribeirinha, o grupo atua no resgate, manutenção, proteção e difusão da cultura mato-grossense, com foco no Siriri e Cururu. Além disso, contribui para a preservação de tradições cuiabanas, como as celebrações das festas de santos, produção de cerâmica em argila, comidas e bebidas típicas, confecção e uso da viola de cocho e, enfim, na valorização do modo de vida da população ribeirinha.

#PraCegoVer

A imagem mostra um grupo de pessoas dançando em trajes típicos coloridos em um palco iluminado. Os trajes incluem saias volumosas e vibrantes com estampas florais, além de chapéus decorados com fitas coloridas. A cena transmite energia, movimento e celebração, em um contexto de dança folclórica. O ambiente sugere um evento cultural ou festa local.

 

 

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O vereador fez questão de fazer uma breve explanação sobre o legado do Flor-Ribeirinha, sua visibilidade na mídia, seu reconhecimento como símbolo da cultura cuiabana e mato-grossense e o seu destaque na divulgação da cultura regional, tanto em apresentações no Brasil e quanto no exterior. Disse ainda que Associação Cultural Flor Ribeirinha trabalha na manutenção e divulgação da cultura popular, especialmente do Siriri e do Cururu. 

“Essa associação produz ações impactantes: entre os destaques estão suas oficinas artísticas, o projeto Semente Ribeirinha com várias atividades artísticas para crianças e ainda o projeto Flor da Idade voltado para adultos. A lei veio para assegurar ao Grupo Flor Ribeirinha, seus valores históricos, culturais e sociais”, contextualizou Eduardo Magalhães ao comemorar a aprovação da medida. 

A fundadora do grupo, Dona Domingas disse que a criação da lei, fica para a história do grupo, de Cuiabá e de Mato Grosso.

"O pastor Eduardo Magalhães foi o primeiro vereador que teve essa iniciativa, que para nós é abençoada. Agradecemos a todos os outros vereadores e ao prefeito que votaram para que o Flor-Ribeirinha fosse reconhecido com essa lei. Só temos que agradecer a Deus.  A família Flor-Ribeirinha e a comunidade de São Gonçalo Beira Rio ficaram muito emocionados com o reconhecimento", declarou dona Domingas.

O diretor artístico e neto de dona Domingas, Avinner Augusto, acrescentou que a tradição é a alma de um povo e que o vereador está de parabéns em preservar as raízes da cultura popular, valorizando suas características 

 "Essa lei representa um ato de amor por Cuiabá. O Flor Ribeirinha, para além da dança, para além da música, para além dos gestos, representa a alma do povo Cuiabano e trouxe para o povo da terra o orgulho do pertencimento, nosso muito obrigado ao vereador Eduardo Magalhães pelo reconhecimento", concluiu Avinner. 

O Flor-Ribeirinha participou de várias competições internacionais e já conquistou títulos na Turquia (2017), Polônia (2021) e na Bulgária (2022). Em 2023, venceu o "Cheonan World Dance Festival" na Coréia do Sul, considerado o segundo maior evento de dança folclórica do mundo, tornando-se o primeiro grupo brasileiro a ganhar a competição. O Grupo apresentou espetáculos que ressaltaram a cultura popular brasileira, em especial o Siriri e o Boi Bumbá. Em 2018 o grupo saiu em turnê pela Europa, apresentando o espetáculo "Dançando o Brasil" para mais de 500 mil expectadores. Suas apresentações já passaram pela Itália, França, Peru e Paraguai. 

 

BEM IMATERIAL

No projeto, o parlamentar ainda explicou sobre o que é um bem imaterial: é um bem cultural que não pode ser tocado, ou seja, que não pode ser percebido através do tato e não possui matéria, podendo ser citados como exemplos, práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes e modos de fazer celebrações formas de expressão cênicas, atividades musicais ou lúdicas em lugares como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas. Vale destacar que o instrumento de Tombamento de Bens Imateriais é relativamente novo, foi instituído por Gilberto Gil quando Ministro da Cultura, e veio preencher uma lacuna importante no que se refere à preservação de bens culturais. O instrumento já foi usado com sucesso no tombamento de várias outras manifestações da cultura cuiabana e brasileira.

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