ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
A secretária municipal de Saúde de Cuiabá, Lúcia Helena Sampaio, descartou qualquer tipo de projeto que trate sobre a possibilidade de estadualização do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) durante a gestão do prefeito Abilio Brunini (PL). Na manhã desta segunda-feira (17), a chefe da Pasta esteve na Câmara de Cuiabá e foi questionada sobre o tema pelo vereador Jeferson Siqueira (PSD).
Na ocasião, a secretária comentava sobre o caos financeiro em que se encontra a Empresa Cuiabana de Saúde Pública que, de acordo com dados apresentados pelo Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT) e levados à reunião pelo promotor de Justiça Milton Mattos da Silveira, titular da 7ª Promotoria de Justiça Cível da Capital - Defesa da Cidadania (Saúde), está com um débito financeiro de aproximadamente R$ 220 milhões.
Acesse nosso canal de notícias no WhatsApp pelo link: FTN BRASIL
A secretária foi questionada pelo vereador Jeferson Siqueira (PSD), sobre a possibilidade de estadualizar o HMC. “Sobre a estadualização do HMC, não! Esse projeto não existe”, disse Lúcia Helena, seguindo com a reunião.
Em janeiro, a secretária de saúde havia afirmado que o prefeito Abilio Brunini (PL) possui planos de expansão para o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), o principal hospital público de alta complexidade na capital e que recebe pacientes do Estado inteiro.
Lúcia Helena disse na época que a área de ocupação do HMC permite que sejam realizadas obras de ampliações e que o prefeito tem o desejo de alocar ao HMC um hospital infantil, assim que conseguir somar recursos na prefeitura.
Para ela, "o Hospital Municipal de Cuiabá existem médicos que estão lá desde o início, eles possuem um carinho gigantesco pelo hospital. O HMC tem muitas possibilidades. Não tem porque passar ao Estado, vai ficar com a gente”.
A estadualização do Hospital Municipal é um tema que vem sendo discutido desde o primeiro semestre de 2024. A proposta foi apresentada pelo ex-prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB), e foi proposto inclusive pelo TCE. À época, o presidente Sérgio Ricardo explicou que a medida garantiria o melhor direcionamento de recursos para a Saúde, que já acumulava passivos financeiros.
Quem foi contrário à estadualização sempre foi o governador Mauro Mendes (União). Para o chefe do Executivo estadual, o problema da Saúde de Cuiabá nunca foi dinheiro, mas sim a péssima gestão de Emanuel Pinheiro.
Pelo que tudo indica, a pretensão de estadualizar o hospital se encerra com a gestão do prefeito Abilio, que nunca se demonstrou favorável ao tema.