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Saúde Terça-feira, 10 de Setembro de 2024, 14:43 - A | A

10 de Setembro de 2024, 14h:43 A- A+

Saúde / SAIBA MAIS

Dor na hora do sexo pode ser endometriose

Muitas mulheres sofrem com a dor na hora do sexo há muito tempo sem saber que ela pode ser sinal da endometriose

MAYRA CARDOZO
DO ALTO ASTRAL

Você sente dor, seja ela de maior ou menor intensidade, durante as relações sexuais? Isso é algo muito comum entre as mulheres, porém muitas delas acabam não fazendo nada sobre isso, por vergonha ou por acreditarem que se trata de algo normal.

Contudo, não é. Esse sintoma pode até ser um sinal de endometriose, doença que afeta 10% da população feminina em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A doença ocorre quando o tecido endometrial, que deveria estar presente apenas no útero, se espalha para além do órgão, atingindo partes do corpo como ovários, trompas, tecido pélvico, bexiga e trato gastrointestinal. Um de seus sintomas é justamente a dor no sexo e isso pode trazer várias outras consequências para a saúde e o bem-estar da mulher.

“Esse quadro leva a relações sexuais não satisfatórias e a mulher passa a evitá-las, porque o cérebro acaba associando sexo a desconforto. Com isso, tem-se a diminuição da libido, da excitação e da lubrificação. Isso gera ainda mais dor e impactos psicológicos, como baixa autoestima”, aponta o ginecologista Patrick Bellelis.

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O especialista, que é colaborador do setor de endometriose do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, explica que a intensidade da dor pode depender de diversos fatores. “Vai depender, por exemplo, da postura, da profundidade da penetração, e do momento do ciclo pelo qual a mulher está passando”, diz.

 

O que fazer?

Bellelis ressalta a importância de buscar tratamento o quanto antes caso a dor no sexo ou outros sintomas da endometriose apareçam. Além do acompanhamento ginecológico, é aconselhável consultar um fisioterapeuta especialista em assoalho pélvico, que pode aplicar técnicas para o fortalecimento da região.

“É fundamental ainda que a mulher tenha um diálogo aberto com o parceiro, sem medo de que o relacionamento possa ser prejudicado. Em casos mais graves, buscar ajuda de um psicólogo ou sexólogo também pode ser indicado”, finaliza.

 

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