BETHÂNIA NUNES
DO METRÓPOLES
O jornalista e locutor Cid Moreira morreu na manhã desta quinta-feira (03), aos 97 anos, por falência múltipla de órgãos. Ele estava internado há 29 dias em um hospital particular de Petrópolis, no Rio de Janeiro.
Primeiro apresentador do Jornal Nacional, da TV Globo, Cid foi hospitalizado ainda em setembro por complicações devido a uma insuficiência renal crônica.
Durante o programa Encontro, de Patrícia Poeta, desta quinta-feira, o médico do apresentador contou que Cid fazia hemodiálise em casa antes de ser internado. A ida ao hospital foi decorrente de uma infecção.
“Ele já vinha apresentando uma certa dificuldade para andar, já tinha um certo grau de atrofia muscular e de locomoção, e a situação se complicou com trombose venosa nos membros inferiores”, explicou o médico Nélio Gomes Júnior, que acompanhava Cid.
Segundo Nélio, o uso constante de antibióticos e as trocas dos remédios levaram a um desgaste natural do organismo do apresentador. “Infelizmente, é um paciente de 97 anos com múltiplas comorbidades, que acaba evoluindo para falência múltipla de órgão”, contou.
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“Um paciente de 97 anos, que fica mais tempo acamado, com complicações de trombose venosa e evoluindo com um desgaste natural do organismo de três anos de diálise, se torna mais grave”, completou.
Falência múltipla de órgãos
A falência múltipla de órgãos é caracterizada pela deterioração aguda de dois ou mais órgãos vitais, resultando na perda da função deles.
Entre os órgãos mais atingidos estão pulmões, rins, estômago e fígado, de acordo com o guia AbcMed.
Uma das causas mais comuns é a sepse (choque séptico). Mas a condição também pode ser desencadeada por traumas inespecíficos e graves, como politraumatismos, queimaduras extensas, picadas de cobra, circulação extracorpórea, contusões pulmonares, múltiplas transfusões de sangue, pancreatite, aspiração pulmonar e infecções difusas, entre outros.