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Saúde Quarta-feira, 11 de Setembro de 2024, 09:50 - A | A

11 de Setembro de 2024, 09h:50 A- A+

Saúde / ESTUDO APONTA

Hábitos noturnos podem aumentar risco de diabetes

Pesquisa revela que pessoas com hábitos noturnos possuem maior tendência a apresentar diabetes, ainda que tenham estilo de vida saudável

BRUNO BUCIS
DO METRÓPOLES

Um estudo apresentado no encontro anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD), que começou nesta segunda-feira (9/9), em Madri, na Espanha, sugere que as pessoas com hábitos noturnos têm maior probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2, ainda que mantenham um estilo de vida saudável.

Realizada por cientistas da Universidade de Leiden, na Holanda, a pesquisa mostrou que o horário de sono, por si só, é considerado um fator de risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 2, para aumentar a circunferência de cintura e para o acúmulo de gordura visceral.

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O estudo comparou os exames de saúde e os hábitos de sono de 5 mil adultos com idade média de 56 anos. Os participantes preencheram questionários indicando os horários em que dormiam e despertavam e, a partir desta informação, foram divididos em três grupos: os 20% que dormiam mais cedo, os 20% que dormiam mais tarde e os 60% de horário intermediário.

Risco de diabetes era 46% maior

Os resultados foram ponderados de acordo com o estilo de vida dos participantes: frequência de atividade física, qualidade da dieta, ingestão de álcool, tabagismo e duração do sono.

Mesmo em grupos de estilo de vida semelhante, como as pessoas que se exercitavam com regularidade e comiam de acordo com as recomendações nutricionais, os participantes do grupo que ia dormir mais tarde tiveram um risco de desenvolvimento de diabetes 46% maior que os de horário intermediário e cedo.

“Nossa pesquisa sugere que não é só o estilo de vida que explica o risco à saúde dos hábitos noturnos. Uma explicação provável é que o relógio biológico em pessoas de cronotipos tardios está fora de sincronia com os horários de trabalho e sociais seguidos pela sociedade. Isso pode levar a um desalinhamento de horários, como o de refeições, por exemplo. A longo prazo, esse desvio pode levar a distúrbios metabólicos, como a tendência de acumular gordura no fígado e, finalmente, ao diabetes tipo 2”, explicou o pesquisador Jeroen van der Velde, chefe do estudo, em comunicado à imprensa.

Os resultados também mostraram que os voluntários de costumes tardios tinham em média um IMC 0,7 ponto maior, além de uma circunferência da cintura 1,9 cm maior e cerca de 14% a mais de gordura no fígado, em comparação com aqueles com um cronotipo intermediário.

 

“Recomendo que as pessoas com hábitos noturnos pelo menos tentem evitar comer tarde da noite e busquem adequar seus horários aos hábitos sociais, para evitar o risco de diabetes e de outros problemas relacionados”, conclui van der Velde.

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