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Geral Quarta-feira, 20 de Dezembro de 2023, 11:00 - A | A

20 de Dezembro de 2023, 11h:00 A- A+

Geral / 26ª COLOCAÇÃO

Brasil ultrapassa Suécia e Indonésia no comércio internacional da indústria, aponta CNI

Interrompendo uma década de tendência negativa, a indústria brasileira voltou a participar de mais de 1% do comércio internacional desses bens, ficando na 26ª colocação

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

Na 26ª colocação, o Brasil sobe duas posições no ranking dos países que mais exportam produtos da indústria de transformação, superando a Indonésia e Suécia. Esse é o retrato trazido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) no ranking mundial do setor, publicado anualmente com base em estatísticas de comércio da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Os dados usados nas estimativas do último levantamento da CNI, obtido com exclusividade pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), são referentes a 2022, quando as exportações da indústria brasileira, em especial de alimentos, bateram recorde, enquanto o valor total das exportações mundiais teve leve redução de 0,44%.

Para a gerente da área de comércio e integração internacional da CNI, Constanza Negri, a notícia de que o Brasil recuperou a participação que tinha sido perdida nos mercados internacionais na última década representa um sinal importante de reversão de tendência. Ela ressalta, no entanto, a necessidade de a política comercial buscar objetivos de diversificação e qualificação das exportações, de modo a ampliar os destinos, bem como a gama de produtos embarcados em portos brasileiros.

“Começamos a ver sinais de que a situação no comércio internacional melhorou, mas ainda é preciso reforçar politicas que confirmem essa reversão de tendência”, comenta Constanza, citando a concretização do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia entre as prioridades da agenda.

De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a recuperação da indústria brasileira no comércio internacional é um sinal positivo, com a participação de pouco mais de 1% no comércio internacional desses bens, interrompendo uma década de tendência negativa considerando o período difícil que o país enfrentou nos últimos anos. Além disso, a ascensão de duas posições no ranking mostra uma melhoria significativa na competitividade do setor. Porém, segue muito distante dos 15 maiores exportadores do mundo, como México, Índia e Canadá, cujas participações nas exportações mundiais passam de 2%.

A CNI ressalta que, apesar da melhoria, a indústria brasileira ainda enfrenta desafios como a alta carga tributária, a burocracia e a falta de infraestrutura adequada. Para melhorar sua posição no ranking, é necessário criar um ambiente mais favorável para o desenvolvimento do setor, além de promover investimentos em pesquisa e desenvolvimento, inovação e qualificação profissional.

Nos últimos anos, a indústria brasileira aproveitou o câmbio favorável às exportações para escoar aos mercados internacionais volumes não absorvidos internamente, impedindo assim uma queda ainda maior da produção.

O desempenho na contramão do mundo não ajudou a melhorar, porém, a posição do Brasil no ranking dos maiores produtores industriais do mundo, uma lista na qual a China lidera com folga, com quase 31% de toda a produção global – quase o dobro dos Estados Unidos, que participa com 16%.

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Até 2014, o Brasil ainda se sustentava entre os dez maiores produtores industriais. Mas com a prolongada recessão interna, entre 2015 e 2016, seguida pelo impacto da pandemia no setor maior do que em outros países, o País perdeu posições nos anos seguintes para México, Indonésia, Taiwan, Rússia, Turquia e Irlanda.

O produto interno bruto (PIB) da indústria se estabilizou no ano de 2017, interrompendo uma sequência de quedas anuais que ocorriam desde 2014. 

Na última atualização do ranking, a indústria brasileira seguiu na 16ª posição, mantendo uma participação de 1,2% da produção mundial.

As indústrias, independentemente de seu setor de atuação, apresentam um papel importante em diversas instâncias do país. É por meio delas que ele consegue ter maior autossuficiência de produtos, sem que dependa de outros países para obtê-los e consequentemente comercializá-los a população. Essa é também uma maneira de aumentar as possibilidade de exportação e elevar o consumo de mercadorias fabricadas em solo nacional. O Brasil, por exemplo, é um dos grandes exportadores de petróleo, soja, café, alumínio, entre outros.

Nos últimos anos, a economia brasileira ficou marcada pela privatização das empresas estatais nas áreas de mineração, telecomunicações e bancária. Apesar de o Brasil enfrentar diversos problemas sociais e econômicos, o país está se desenvolvendo e ocupando um lugar de destaque no cenário internacional.

Para melhorar a posição do Brasil na produção industrial mundial, é necessário investir em políticas que incentivem a competitividade do setor, como a redução da carga tributária, a melhoria da infraestrutura, a simplificação burocrática e o estímulo à pesquisa e inovação. Além disso, é importante estimular a diversificação da indústria e reduzir a dependência de commodities, investindo em setores de maior valor agregado e tecnologicamente mais avançados.

 

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