GIOVANNA PÉCORA, MADU TOLEDO
DO METRÓPOLES
Em discurso na Organização das Nações Unidas (ONU), o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, pediu que os Estados Unidos retirem Cuba da lista de Estados patrocinadores do terrorismo. Ele ressaltou a importância de um diálogo baseado no respeito mútuo e na não-ingerência. O chanceler brasileiro falou nesta terça-feira (29).
O Brasil defendeu que as únicas sanções legítimas internacionalmente são as adotadas pelo Conselho de Segurança da ONU e, ao rejeitar categoricamente o embargo, condenou também a “aplicação extraterritorial de leis nacionais discriminatórias”, de acordo com o chanceler.
“Hoje, como tantas vezes antes, o Brasil reitera sua firme, categórica e constante oposição ao embargo econômico, comercial e financeiro imposto contra Cuba. Rejeitamos também a aplicação extraterritorial de leis nacionais discriminatórias”, declarou Vieira.
Destacou-se que o embargo econômico, comercial e financeiro causou “sofrimento incalculável” ao povo cubano e prejudicou o desenvolvimento sustentável de Cuba.“A persistência dessa medida afeta diretamente o exercício dos direitos humanos do povo cubano, limitando o acesso a bens essenciais, como medicamentos e tecnologias indispensáveis para o desenvolvimento”, detalhou Vieira.
Os líderes da America Latina e do Caribe, em uma ruenião, enviaram uma mensagem pelo fim ao embargo.
“A Declaração de Kingstown solicitou o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba e exigiu sua exclusão das listas unilaterais de países supostamente patrocinadores do terrorismo internacional”, diz o comunicado.
Por fim, Mauro Vieira expressou, em nome do Brasil, condolências ao povo e ao governo cubano por momentos difíceis e tragédias, como a passagem do furacão Oscar. O Brasil ofereceu assistência para ajudar a população cubana.
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“É evidente que as severas sanções impostas injustificadamente a Cuba, tanto pelo embargo quanto por sua inclusão na lista de Estados patrocinadores do terrorismo, contribuíram ainda mais para agravar essa situação. Essas medidas, que já penalizam injustamente o povo cubano, agora impedem uma resposta adequada à crise humanitária gerada pelo furacão”, discursou o ministro.