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Internacional Segunda-feira, 09 de Setembro de 2024, 17:11 - A | A

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“Filho de Deus”, procurado por tráfico humano, é preso nas Filipinas

Pastor Apollo Quiboloy, famoso por se chamar de “Filho de Deus”, era procurado nas Filipinas e EUA. Perseguição durou 16 dias

LEONARDO MEIRELES
DO METRÓPOLES

Apollo Quiboloy tornou-se famoso por fundar a igreja Reino de Jesus Cristo nas Filipinas e se designar como “Filho de Deus”. Desde 2021, porém, não é só procurado por fiéis, mas também por policiais norte-americanos devido a uma série de acusações.

Nos Estados Unidos, Quiboloy é acusado de tráfico de mulheres e meninas de até 12 anos, abuso infantil e sexual. Há 16 dias, mandados de tribunais nas Filipinas contra ele fizeram com que mais de 3 mil policiais filipinos tentassem encontrá-lo. O Senado também ordenou a prisão de Quiboloy, que não se apresentava às audiências convocadas.

De acordo com as autoridades do país, o religioso se escondeu em um complexo de prédios ligados por túneis e salas subterrâneas. Até que ele se entregou no domingo (8/9). Não sem antes os policiais escavarem um túnel e descobrir que havia até uma pista que levava diretamente ao aeroporto.

De acordo com a lista de procurados do FBI, Quiboloy recrutava as vítimas para trabalharem como assistentes. Depois, eram obrigadas a fazer sexo com o pastor de 74 anos. Ele nega todas as acusações.

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O religioso comandava uma igreja com milhões de seguidores e fazia questão de mostrar sua amizade com poderosos, como o ex-presidente do país Rodrigo Duterte.

O presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., confirmou que ainda não havia um pedido oficial dos EUA para a extradição o acusado. Mas que os supostos crimes dele seriam tratados primeiro no país. Há rumores de que ele se entregou com a garantia de que não seria extradidato aos EUA.

A história de acusações contra o “Filho de Deus”

O primeiro indiciamento de Quiboloy aconteceu em 2021, nos EUA, por causa de acusações como tráfico sexual, incluindo infantil, contrabando de grandes quantias de dinheiro.

Na página do FBI, outra suspeita era de que o pastor participava de um esquema de tráfico de mão de obra. Os membros da igreja eram levados aos EUA “por meio de vistos obtidos de forma fraudulenta e forçou os membros a solicitar oações para uma instituição de caridade falsa, doações que na verdade eram usadas para financiar as operações da igreja e os estilos de vida luxuosos de seus líderes”.

Quiboloy nega. Diz que as denúncias vinham de ex-funcionários pagos para inventar histórias.

“Não estou me escondendo deste caso porque sou culpado. Não. Estou evitando porque estou me protegendo”, disse ele no início deste ano durante uma entrevista ao canal Rappler.

O indiciamento fez com que o autodenominado “Filho de Deus” afirmasse que a variante ômicron da Covid, que fez milhares de vítimas nos EUA, era uma punição.

“A variante do vírus Delta da Covid-19 é apenas uma introdução. Se vocês continuarem machucando, perseguindo e prejudicando o Filho Designado e o Reino, vocês verão muito pior do que a variante Ômicron”, afirmou à época.

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