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Internacional Quarta-feira, 11 de Setembro de 2024, 12:25 - A | A

11 de Setembro de 2024, 12h:25 A- A+

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Itamaraty sabe desde agosto sobre caso de brasileiro preso na Ucrânia

Desde agosto, o governo brasileiro tem conhecimento do caso envolvendo um brasileiro que se tornou prisioneiro de guerra na Ucrânia. O caso foi revelado pelo Metrópoles nesta terça-feira (10)

JUNIO SILVA, SAMUEL PANCHER
DA CNN

Desde agosto, o governo brasileiro tem conhecimento do caso envolvendo um brasileiro que se tornou prisioneiro de guerra na Ucrânia. O caso foi revelado pelo Metrópoles nesta terça-feira (10).

Fontes ligadas ao assunto afirmaram à reportagem que a Embaixada do Brasil em Moscou acompanha o caso desde o último mês, quando familiares do brasileiro procuraram a representação diplomática para informar que o homem teria sido alistado à força no exército da Rússia.

Segundo o representante da Coordenação para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra da Ucrânia, Petro Yatsenko, o brasileiro alegou ter chegado na guerra após uma falsa promessa de emprego em uma empresa russa.

Ao chegar na Rússia, no entanto, o homem foi inscrito no exército liderado por Vladimir Putin sem consentimento e, posteriormente, enviado para o front de batalha.

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A versão da autoridade ucraniana foi confirmada por fontes diplomáticas brasileiras.

Pessoas ligadas ao caso revelaram, ainda, que autoridades da Ucrânia não comunicaram a prisão do brasileiro para a embaixada do Brasil em Kiev.

O Ministério das Relações Exteriores, no entanto, ainda não respondeu os questionamentos do Metrópoles ou se pronunciou oficialmente sobre o assunto. O espaço segue aberto.

 

 

Relação Brasília x Kiev

A revelação do brasileiro feito prisioneiro de guerra pela Ucrânia acontece em um momento em que a relação entre Brasília e Kiev sofre ruídos.

Nessa segunda-feira (9/9), o governo da Ucrânia afirmou que mantém aberto o canal diplomático para um possível encontro entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Volodymyr Zelensky.

De acordo com o chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andrii Yermak, a reunião deveria acontecer na Ucrânia para que o presidente brasileiro tenha a chance de “ver o que acontece” no país e “ouvir as sirenes”. Segundo a autoridade ucraniana, tal experiência poderia mudar o posicionamento de Lula sobre o conflito.

Desde que Lula assumiu seu terceiro mandato presidencial, o Brasil tem adotado uma postura de neutralidade em relação à guerra. A Ucrânia, por sua vez, cobra um papel mais efetivo e apoio do petista na tentativa de resolver o conflito, que se estende por mais de dois anos.

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