ÁLVARO LUIZ
DA AGÊNCIA BRASIL
O jornalista brasileiro Adriano Bachega, de 53 anos, foi morto a tiros enquanto dirigia seu carro pela Avenida Lázaro Cárdenas, entre as cidades de Monterrey e Pedro Garza García, no norte do México, na última terça-feira (3).
De acordo com a Procuradoria Geral de Justiça do estado de Nuevo León, onde ficam os municípios de Monterrey e Pedro Garza García, o ataque aconteceu por volta das 9h45 da manhã, na hora local. Os procuradores informaram ter recebido a notícia do caso por meio de uma denúncia enviada à emissora de rádio da Agência Estadual de Investigações do México (AEI).
Quando agentes policiais chegaram ao local, o jornalista já estava morto.
Os primeiros relatos apontam que Bachega dirigia um veículo Build Your Dreams (BYD) quando foi alvejado por um grupo armado, que disparou contra o carro pelo menos dez vezes. Após o ataque, o automóvel cruzou a avenida.
A Guarda Nacional (GN) mexicana foi acionada e isolou a área para a realização da perícia e a remoção do corpo, que foi levado ao Serviço Médico Legal (Semefo). No local, as autoridades encontraram diversos cartuchos espalhados pela calçada.
Acesse nosso canal de notícias no WhatsApp pelo link: FTN BRASIL
Na imprensa local, foi divulgado que Adriano Bachega era editor-chefe do portal digital Diário Digital Online e também atuava como palestrante.
O Congresso do estado aprovou um pedido formal ao governador, Samuel García, solicitando que as autoridades “ativem os protocolos de proteção aos jornalistas em Nuevo León”.
A Promotoria confirmou que uma investigação foi iniciada para apurar as circunstâncias do assassinato.
Quem era Adriano Bachega
Adriano Bachega, além de editor-chefe do portal Diário Digital Online, dizia em seu site ser consultor e palestrante “com 30 anos de experiência, ajudando empresas e empreendedores” nas áreas de publicidade, gestão, internet e redes sociais.
Natural de Araucária, no estado do Paraná, Bachega era naturalizado mexicano. Em seu perfil no LinkedIn, afirmou ter trabalhado na construtora Odebrecht. Adriano era casado e tinha filhos, mas nenhuma informação adicional sobre sua família foi divulgada publicamente.